No universo cinematográfico do realizador Okechukwu, marcado pelo seu regresso à Nigéria após a estadia nos Estados Unidos, nasce um novo projecto: o filme “Osu”. Esta obra cinematográfica representa um verdadeiro regresso para Okechukwu, que fez uma pausa em 2017. Através deste filme, o realizador mergulha o espectador no universo complexo e ancestral do sistema de castas Osu, uma prática social enraizada na cultura Igbo da Nigéria.
Durante um discurso, Okechukwu revelou que o filme “Osu” é mais do que um projeto, é um verdadeiro desafio artístico. Na verdade, o sistema de castas Osu, predominante na região Igbo há gerações, é um assunto complexo e pouco explorado na indústria cinematográfica nigeriana. O realizador sublinhou a importância de contar esta história de forma exaustiva e explícita, oferecendo assim uma visão nova e profunda desta realidade pouco conhecida.
O enredo do filme “Osu” mergulha o espectador no coração da sociedade Igbo, revelando as tensões e discriminações ligadas à divisão entre os Osu e os Nwadiala. Os Osu, considerados párias, foram historicamente marginalizados e excluídos de certas interações sociais, especialmente em questões de casamento. Este aspecto da cultura Igbo, embora complexo e muitas vezes controverso, constitui um pilar crucial da identidade cultural da região.
Através do seu filme, Okechukwu pretende sensibilizar o público para a diversidade e riqueza da cultura Igbo, ao mesmo tempo que aborda questões profundas sobre a discriminação e o preconceito social. Ao destacar o sistema de castas Osu, o realizador convida o público a refletir sobre as normas sociais, tradições e legados culturais que moldam as nossas sociedades.
Ao explorar um tema tão complexo e importante como o sistema de castas Osu, o filme de Okechukwu promete ser uma obra de cinema envolvente e cativante. Através desta ambiciosa produção, a realizadora abre um diálogo essencial sobre questões de justiça social, igualdade e respeito pela diversidade cultural. “Osu” promete assim ser muito mais do que um simples entretenimento, mas um convite à reflexão e à descoberta de uma faceta pouco conhecida da cultura nigeriana.