Fatshimetrie: Barreiras salariais, um flagelo persistente em Mwenga
A cidade de Mwenga, localizada na província de Kivu do Sul, é palco de uma prática ilegal e prejudicial para os seus habitantes: barreiras salariais. Apesar da entrada em vigor de um decreto ministerial que proíbe os agentes responsáveis pela aplicação da lei de cobrar taxas ilegais, estas práticas continuam, impactando negativamente a população local.
Lungele Itebo, presidente do gabinete territorial da sociedade civil de Mwenga, dá o alarme. Denuncia a transformação dos postos de controlo em barreiras salariais, exigindo somas que variam entre 1.000 e 5.000 francos congoleses aos transeuntes, dia e noite. Esta prática está a proliferar, com a presença de 24 barreiras ilegais espalhadas pela cidade, afectando o quotidiano dos residentes de Mwenga.
Os combatentes Wazalendo não ficam atrás, erguendo também barreiras em vários locais, continuando assim a extorquir dinheiro à já precária população da região. Esta situação suscita raiva e frustração entre os residentes, acentuando ainda mais a pobreza e as dificuldades económicas que enfrentam.
É imperativo que as autoridades competentes tomem medidas sérias para pôr fim a estas práticas ilícitas e prejudiciais. O decreto ministerial deve ser integralmente implementado, com sanções dissuasivas contra os agentes responsáveis pela aplicação da lei e os indivíduos envolvidos nesta extorsão generalizada.
A população de Mwenga merece viver num ambiente seguro e respeitador da lei, propício ao seu desenvolvimento. É hora de agir para erradicar os acessos pagos e restaurar a confiança dos residentes nas autoridades locais. Só uma acção forte e determinada permitirá pôr fim a este flagelo que mina a tranquilidade e a dignidade dos habitantes de Mwenga.