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Há 80 anos, a cidade-luz de Paris finalmente recuperou a liberdade após quatro anos de ocupação alemã. Este episódio significativo da história francesa permanece gravado na memória e dá origem a novas descobertas fascinantes sobre personagens esquecidos, como Georges Dukson, um soldado gabonês de coragem excepcional.
Durante a Libertação de Paris, Georges Dukson distinguiu-se pelo seu heroísmo e pelo seu compromisso inabalável com a Resistência. Originário de Port-Gentil, no Gabão, este filho de um veterano da Primeira Guerra Mundial alistou-se no início do conflito em 1939. Capturado pelos alemães em 1940, conseguiu escapar após dois anos de detenção na Alemanha. De volta a Paris, juntou-se às fileiras da resistência para contribuir para a libertação da capital.
A história de René Dunan, na sua obra “Ceux de Paris”, revela um lado pouco conhecido de Georges Dukson, apresentando-o como um homem dotado de uma coragem e audácia extraordinárias. Ferido no braço durante os combates, ele se recusou a sair da frente, usando granadas de bastão para continuar lutando. O seu nome, “o leão negro do século XVII”, ressoa nas ruas de Paris, simbolizando a bravura e a determinação de um homem comum que se tornou um herói da Resistência.
Fotografias e filmes de época testemunham a presença de Georges Dukson durante o desfile triunfal do General de Gaulle na Champs-Élysées em 26 de agosto de 1944. Este homem, ao lado dos grandes nomes da Resistência, personifica a diversidade e a coragem dos lutadores que contribuíram para a libertação da França.
É graças ao olhar atento de Éric Lafon, curador do Museu de História Viva, que a figura de Georges Dukson emerge das sombras e finalmente encontra o seu lugar na História. O seu compromisso e sacrifício merecem ser celebrados e honrados, lembrando ao mundo a importância da diversidade e da resistência nos momentos mais sombrios da história.
Assim, a história de Georges Dukson, o “leão negro do século XVII”, lembra-nos que a coragem e a determinação não têm fronteiras nem cores de pele. Transcendem barreiras para inspirar as gerações futuras a lutar pela liberdade e pela justiça, quaisquer que sejam as circunstâncias.