Em Agosto de 2024, a comunidade jurídica de Kinshasa foi abalada por um acontecimento que indignou os advogados da região. Com efeito, estes últimos organizaram uma manifestação diante do Supremo Tribunal Militar e do tribunal para denunciar o tratamento infligido a um dos seus colegas pelo General Kifwa, comandante do centro militar de Kamina, na província de Haut-Lomami.
Esta mobilização dos advogados de Kinshasa foi motivada por um profundo sentimento de indignação pelo tratamento desonroso sofrido pelo seu colega. Eles decidiram agir e apresentaram queixa ao Supremo Tribunal Militar para buscar justiça. O seu objectivo era claro: fazer ouvir a sua voz e denunciar a impunidade da qual o General Kifwa parecia beneficiar.
O Presidente Maurice Kanyama tomou a palavra para expressar a determinação dos advogados em obter justiça para o seu colega. Ele enfatizou que os juízes não cederiam à pressão até que a verdade fosse estabelecida e a justiça fosse feita. Esta determinação testemunha a solidariedade corporativa que impulsiona a comunidade de advogados na República Democrática do Congo.
Através da sua acção, os advogados de Kinshasa enviaram uma mensagem forte ao actual Ministro da Justiça e Guardião dos Selos, Constant Mutamba. Recordaram o seu compromisso com o Estado de direito e a luta contra a impunidade. Ao fazê-lo, mostraram que ninguém deveria estar acima da lei e que qualquer violação dos direitos de um indivíduo deveria ser condenada.
Esta mobilização dos advogados de Kinshasa é um exemplo do vigor da sociedade civil congolesa e da sua capacidade de mobilização para defender os valores democráticos e os direitos humanos. Recorda que a justiça é um pilar essencial de qualquer sociedade democrática e que ninguém deve ser excluído.
Finalmente, ao apelar à solidariedade empresarial e ao convidar advogados de todas as províncias a juntarem-se ao seu movimento, os advogados de Kinshasa demonstraram que a unidade é força face à adversidade. A sua acção corajosa e determinada recorda o papel crucial que os advogados desempenham na defesa das liberdades individuais e na luta contra a injustiça.
Em última análise, o protesto dos advogados de Kinshasa contra o tratamento infligido ao seu colega em Kamina é uma demonstração do seu apego inabalável à justiça e do seu desejo de defender os valores democráticos na República Democrática do Congo. Esperemos que a sua acção ajude a promover a causa da justiça e do respeito pelos direitos humanos no país.