Declarações recentes do Ministério da Saúde da República Democrática do Congo destacaram uma situação crítica relativamente à epidemia de varíola dos macacos que assola várias províncias do país. O Governo congolês comprometeu-se a disponibilizar um orçamento de 49 milhões de dólares para lutar activamente contra a propagação desta doença.
O anúncio feito pelo Ministro da Saúde, Higiene e Assistência Social, Roger Kamba, durante uma conferência de imprensa em Kinshasa, destaca a gravidade da situação. A resposta planeada inclui vários aspectos, tais como o destacamento de equipas no terreno, o atendimento aos pacientes, a vigilância da doença, bem como as actividades laboratoriais necessárias para melhor compreender e combater o vírus.
Um ponto crucial levantado pelo ministro diz respeito à necessidade urgente de vacinar a população contra a varíola dos macacos. Com uma necessidade estimada de 3,5 milhões de doses a um custo de 600 milhões de dólares, a vacinação parece ser uma estratégia essencial para conter a propagação da doença. Contudo, sublinha-se que as zonas mais afectadas serão priorizadas para a distribuição da vacina, de forma a maximizar a sua eficácia.
Ao mesmo tempo, Roger Kamba insiste na importância das ações preventivas diárias. Ele alerta para o contato com animais doentes ou mortos, principais vetores de transmissão do vírus. Recorda ainda as medidas de higiene a adotar para limitar a propagação da doença, como a lavagem frequente das mãos e o isolamento das pessoas infetadas.
Os números alarmantes comunicados pelas autoridades de saúde ilustram a dimensão da crise: mais de 15.000 casos potenciais e 548 mortes já foram registados desde o início do ano. Esta situação de emergência exige uma resposta coordenada e rápida para proteger a população congolesa e conter a propagação da varíola dos macacos.
Perante esta grave crise sanitária, a mobilização de recursos financeiros e humanos parece ser uma prioridade absoluta. O Governo congolês deve continuar os seus esforços para garantir cuidados adequados aos pacientes, assegurar a distribuição da vacina nas zonas de maior risco e sensibilizar a população sobre medidas essenciais de prevenção.
Em última análise, o combate à epidemia de varíola dos macacos na RDC exige uma acção concertada por parte de todas as partes envolvidas, sejam autoridades de saúde, profissionais de saúde, organizações internacionais ou mesmo a própria população. Só o compromisso colectivo e a coordenação eficaz permitirão superar esta ameaça à saúde pública.