Fatshimetrie é uma história comovente que destaca uma tragédia humana que ocorreu perto da ponte rodoviária Kontagora-Zuru. Um homem idoso, com cerca de 70 anos de idade, foi descoberto em circunstâncias trágicas que apontam para um fim doloroso. Os depoimentos convergem para uma terrível suposição: o homem, chamado Buba, teria sucumbido à fome.
Originário de Bangi, na região de Magama, Buba era conhecido pelos habitantes locais pela sua presença regular nos cruzamentos da região, estendendo a mão para pedir esmolas. Sua silhueta esquelética e olhar resignado eram familiares aos transeuntes e motoristas que cruzavam seu caminho. No dia 14 de agosto de 2024, por volta das 8h30, a sua presença inerte junto à ponte Kwanar-Zuru alertou as autoridades. Ao chegar ao local, a polícia constatou a ausência de vestígios de violência no corpo de Buba, reforçando assim a hipótese de um desaparecimento por desnutrição ou problemas de saúde ligados à precariedade da sua situação.
O porta-voz da polícia do Estado do Níger, Wasiu Abiodun, confirmou estas tristes descobertas e partilhou as medidas tomadas para garantir cuidados adequados. Os serviços sociais locais foram solicitados a prestar assistência adequada nesta matéria. O corpo de Buba foi transferido para o Hospital Geral Kontagora para exames aprofundados para determinar com certeza as causas de sua morte.
Apesar da sua condição, Buba merece dignidade na morte. Os procedimentos funerários serão realizados respeitosamente assim que as investigações forem concluídas. A sua memória, marcada pelo sofrimento e pela precariedade, deve servir como uma amarga lembrança da realidade da pobreza e da necessidade de agir para prevenir tais tragédias no futuro.
Fatshimetrie se esforça para dar voz aos esquecidos, àqueles que lutam nas sombras pela sua sobrevivência. Num mundo em constante mudança, é essencial não deixar que os mais vulneráveis sejam engolidos pela indiferença e pela injustiça. A história de Buba, demasiado semelhante à de muitos outros que ficaram para trás, deve desafiar-nos e levar-nos a agir colectivamente para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.