No centro das notícias da aviação no Quénia, uma decisão crucial foi tomada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação do Quénia (KAWU): o adiamento por duas semanas de uma greve planeada para segunda-feira. A suspensão visa permitir negociações com o governo sobre uma proposta de acordo para o desenvolvimento do principal aeroporto do país.
O sindicato, que representa os trabalhadores aeroportuários, teme que trabalhar com a Adani Airport Holding, sediada na Índia, para modernizar o aeroporto Jomo Kenyatta, em Nairobi, possa levar à perda de empregos e ao afluxo de trabalhadores não quenianos. Esta iniciativa levanta preocupações sobre a segurança do emprego e a soberania nacional.
Sendo um importante centro aéreo em África, uma greve teria um impacto significativo no tráfego aéreo regional, bem como na companhia aérea nacional, Kenya Airways. O governo refuta as alegações do sindicato de que o aeroporto está à venda, especificando que ainda não foi tomada qualquer decisão sobre a implementação do projecto de parceria público-privada.
As autoridades afirmam que o Aeroporto Jomo Kenyatta está actualmente sobrecarregado, ultrapassando a sua capacidade de 7,5 milhões de passageiros por ano, e necessita de melhorias urgentes. O plano de investimento proposto pela Autoridade Aeroportuária do Quénia inclui a construção de uma segunda pista de aterragem e melhorias no terminal de passageiros.
Esta situação levanta questões cruciais sobre o futuro da aviação no Quénia e como o país planeia modernizar a sua infra-estrutura aeroportuária. É essencial que as discussões entre o sindicato, o governo e as autoridades aeroportuárias resultem num compromisso justo que garanta tanto o desenvolvimento económico como a protecção dos interesses dos trabalhadores locais.