Luta dos trabalhadores universitários nigerianos pela dignidade e pelos direitos básicos

Fatshimetria: as notícias candentes dos trabalhadores universitários nigerianos

No centro da agitação social que abala o sistema universitário nigeriano, há um verdadeiro grito de angústia por parte dos trabalhadores não académicos. Membros do Sindicato de Altos Funcionários das Universidades Nigerianas (SSANU) e da Associação Nacional de Tecnólogos Acadêmicos (NAAT) apelaram conjuntamente à mobilização, iniciando uma greve de três dias com início na segunda-feira, 19 de agosto de 2024.

O ultimato lançado pelos sindicatos, através de uma série de correspondências datadas de 11 de junho, 15 de julho e 7 de agosto de 2024, permaneceu letra morta aos olhos das autoridades universitárias. Perante este silêncio ensurdecedor, os trabalhadores decidiram tomar medidas para fazer ouvir as suas legítimas reivindicações.

Os principais pontos de discórdia giram em torno do subfinanciamento da universidade, da não aplicação de reajustes salariais de 25 e 35%, da ausência de projetos de investimento e da invasão da comunidade vizinha nas terras universitárias. Estes problemas crónicos reflectem uma realidade cruel para o pessoal universitário, que se encontra numa situação de negligência e precariedade inaceitáveis.

A greve anunciada não é simplesmente uma acção de protesto, mas um grito de alarme face a uma situação insustentável. Para além das exigências materiais, revela as fissuras profundas de um sistema educativo em crise, onde os principais intervenientes são deixados para trás, sacrificados no altar da indiferença e da inacção.

Ao desafiar a ordem estabelecida, os trabalhadores universitários nigerianos estão a afirmar a sua dignidade e determinação para fazer valer os seus direitos fundamentais. A sua luta é a de todos aqueles que recusam a demissão e aspiram a um futuro melhor, onde a educação e o trabalho sejam valorizados na medida que lhes é devida.

Perante esta mobilização sem precedentes, as autoridades universitárias não poderão permanecer surdas aos legítimos apelos dos trabalhadores. Porque, para além das exigências sectoriais, é o respeito pela dignidade humana e pelos direitos fundamentais que está em jogo.

Concluindo, a greve dos trabalhadores universitários na Nigéria em 2024 não pode ser reduzida a um simples episódio de tensão social. É o reflexo de uma realidade mais ampla, onde se concretiza a luta por uma educação de qualidade, pela justiça social e por um futuro mais justo para todos.

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