Num mundo em constante mudança, os desafios que as jovens e as mulheres enfrentam são numerosos e diversos. Uma das questões mais preocupantes diz respeito às relações sexuais coercivas entre homens mais velhos e raparigas jovens, que muitas vezes resultam na troca de favores materiais. Estes encontros impulsivos e não planeados colocam em perigo a saúde sexual destas mulheres, porque o uso de preservativos ou contraceptivos raramente é considerado.
Esta realidade suscita profundas preocupações sobre a vulnerabilidade das jovens a situações de manipulação e exploração. As consequências destas práticas podem ser devastadoras, tanto física como psicologicamente, deixando marcas indeléveis na vida destas jovens.
De acordo com os dados do relatório do Barómetro Distrital de Saúde 2022-23, houve um aumento de 6,1% no número de nascimentos de raparigas e mulheres com idades entre os 10 e os 19 anos nos últimos cinco anos. Estes números revelam a escala do fenómeno e realçam a necessidade de medidas urgentes para proteger os direitos e a saúde das jovens raparigas.
É essencial sensibilizar e educar não só as jovens, mas também a sociedade como um todo, sobre os perigos das relações coercivas e das práticas sexuais desprotegidas. Proporcionar acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, bem como a programas abrangentes de educação sexual, é crucial para permitir que as mulheres jovens façam escolhas informadas e autónomas sobre a sua sexualidade e saúde.
Além disso, é imperativo implementar políticas e programas destinados a prevenir e combater a exploração sexual das jovens, garantindo o acesso à justiça e fortalecendo os mecanismos para proteger os direitos das mulheres. O compromisso de todos os intervenientes na sociedade, desde as autoridades públicas até às organizações da sociedade civil, é essencial para criar um ambiente seguro e respeitoso para as raparigas e mulheres.
Em última análise, o combate ao sexo coercivo e desprotegido envolve um esforço colectivo e contínuo para promover a autonomia, a dignidade e os direitos das raparigas e mulheres. É trabalhando em conjunto que podemos criar um mundo onde cada mulher possa viver a sua vida ao máximo, sem medo de exploração ou discriminação.