O ano eleitoral está em pleno andamento em todo o mundo, com um número recorde de países a realizar eleições em 2022. Neste contexto, o responsável pelos direitos humanos das Nações Unidas fez soar o alarme sobre o aumento do ódio e da discriminação.
O chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Türk, apelou aos eleitores para que tenham em mente os direitos dos outros quando forem às urnas. Com eleições importantes a decorrer esta semana em França e no Reino Unido, e também iminentes nos Estados Unidos e na Alemanha nos próximos meses, o discurso prevalecente é preocupante.
Sem entrar em detalhes sobre as actuais campanhas eleitorais, Türk manifestou preocupação com a retórica em torno das recentes eleições, especialmente as eleições para o Parlamento Europeu do mês passado, que registaram um aumento significativo nos partidos de extrema-direita.
Imigrantes, refugiados e outros estrangeiros têm sido frequentemente utilizados como “bodes expiatórios” por certos partidos políticos, sublinhou Türk. Condenou a política diversionista e apelou aos líderes políticos para que se opusessem ao discurso de ódio.
“Tornar o outro objeto de difamação e desumanização é um precedente perigoso que prenuncia dias sombrios que virão, como a história europeia muitas vezes nos mostrou”, declarou.
Türk sublinhou que 2024 parece ser um “megaano para eleições”. Ele alertou sobre o aumento do discurso de ódio e da desumanização observado durante os períodos eleitorais nos Estados Unidos, na Índia, na Europa e em outros países.
O responsável pelos direitos humanos da ONU apelou aos líderes políticos para que combatam a discriminação e sublinhou a necessidade de “tolerância zero” em relação ao discurso de ódio. É imperativo que o discurso de ódio seja inequivocamente condenado, a fim de preservar os valores democráticos e o respeito pelos direitos humanos.
Durante este período eleitoral crucial, é essencial que os cidadãos estejam vigilantes, responsáveis e empenhados em proteger a diversidade, a dignidade e os direitos fundamentais de todos.