Fatshimetrie, 2 de julho de 2024 – Um caso intriga atualmente o Tribunal de Contas da República Democrática do Congo. Um alto funcionário público, Joseph Itela Y’Ilondo, está no centro de uma investigação sobre a emissão de cheques pessoais na Agência Nacional de Meteorologia e Detecção Remota por Satélite, também conhecida como Metelsat.
Durante a sua audiência, Joseph Itela Y’Ilondo foi questionado sobre o procedimento para incorrer em despesas dentro da Metelsat. Explicou o complexo processo a seguir para a obtenção de fundos, mencionando nomeadamente a ausência da assinatura do diretor financeiro em determinados cheques emitidos. Ele ressaltou que um pedido de fundos deve ser aprovado por diversas autoridades antes de ser autorizado.
Uma questão fundamental levantada durante a audiência foi o número de caixas registadoras mantidas pela Metelsat e o procedimento de levantamento de fundos do banco. Y’Ilondo esclareceu que existe apenas um fundo central e os levantamentos são feitos pelo tesoureiro ou caixa e depois depositados nesse fundo central.
Os advogados de Y’Ilondo solicitaram a audição de várias pessoas para esclarecer melhor as práticas financeiras da Metelsat. O presidente do conselho de administração, o diretor-geral adjunto, o caixa e o tesoureiro serão, portanto, convidados para a próxima audiência para darem o seu contributo.
Este caso levanta questões importantes relativas à gestão de fundos públicos e à importância da transparência nas agências governamentais. O Tribunal de Contas, enquanto órgão de controlo judicial, desempenha um papel essencial no controlo e na utilização adequada dos fundos públicos.
A audiência de hoje foi suspensa e adiada para 16 de julho para audição de testemunhas. A presença do primeiro presidente do Tribunal de Contas, Jimmy Munganga, sublinha a importância deste assunto. Com efeito, a luta contra a corrupção e a gestão transparente das finanças públicas constituem grandes desafios para o desenvolvimento económico e social do país.
O caso Joseph Itela Y’Ilondo destaca a necessidade de uma supervisão rigorosa das despesas públicas e de uma aplicação estrita dos procedimentos financeiros nas instituições governamentais. Esta investigação em curso sublinha o compromisso do Tribunal de Contas em garantir a boa governação e a responsabilização financeira no interesse de todos os cidadãos da República Democrática do Congo.