As terras Assossa em Kasa Vubu: Um património comunitário em perigo

A história da terra Assossa, em Kasa Vubu, é muito mais do que uma simples anedota local. É um local emblemático que moldou destinos, revelou talentos e incutiu um espírito comunitário palpável, ancorado na história da vila.

Este campo, berço de lendas do futebol congolês como Ley Matampy, transcendeu a sua vocação desportiva para se tornar um verdadeiro pilar da juventude local. O seu desaparecimento anunciado é muito mais do que um canteiro de obras em andamento, é uma ameaça tangível que pesa sobre a identidade e o equilíbrio social de todo um bairro.

Numa altura em que os campos de jogos se tornam cada vez mais raros nas nossas cidades em crescimento, a preservação de locais como Assossa é de suma importância. Mais do que um espaço de lazer, é um local de socialização, partilha e desenvolvimento das gerações mais jovens.

O apelo de Tshick Ntela, vector desta legítima preocupação, ressoa como um grito do coração pela salvaguarda deste património comunitário. As consequências de tal desaparecimento podem ser devastadoras, dando lugar a um vazio insondável, propício ao tédio, à delinquência e ao isolamento dos jovens.

É portanto imperativo que as autoridades competentes tenham em consideração o apelo urgente da comunidade e reconsiderem este projecto de desenvolvimento. Existem soluções alternativas que conciliariam o necessário desenvolvimento urbano com a preservação deste lugar simbólico, garantindo assim um futuro melhor para os habitantes de Kasa Vubu.

A preservação do terreno Assossa vai muito além da simples preservação de um espaço verde. É um acto de reconhecimento ao passado, presente e futuro de uma comunidade que encontrou nesta terra um refúgio, uma fonte de inspiração e de coesão.

Juntos, vamos mobilizar-nos para que a terra de Assossa continue a ressoar com os risos e gritos de alegria da juventude congolesa, e que continue a ser uma testemunha viva de uma história que merece ser preservada, celebrada e transmitida às gerações futuras.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *