Kivu do Norte, uma província devastada da República Democrática do Congo, é mais uma vez abalada por ataques dos rebeldes do M23. A já precária situação humanitária piora dia após dia, deixando para trás aldeias desertas e famílias deslocadas em busca de refúgio.
No centro desta espiral de violência, o sul de Lubero é palco de uma preocupante progressão das forças rebeldes. Os habitantes de Kayna, testemunhas indefesas deste progresso, fazem soar o alarme sobre as consequências devastadoras desta crise. As aldeias vizinhas, outrora férteis e produtivas, estão agora desertas, deixando para trás campos de pousio e famílias famintas.
É neste contexto de caos e desolação que fala o diretor de uma escola em Kayna. Ele descreve com emoção a angústia das centenas de famílias deslocadas que encontraram refúgio na sua escola. Privadas de abrigo, alimentação e segurança, estas famílias são as primeiras vítimas deste conflito prolongado.
A necessidade de restaurar a paz torna-se imperativa, não só para pôr fim ao sofrimento das populações civis, mas também para permitir a retoma das actividades agrícolas e o regresso à vida normal. Os deslocados, já traumatizados pelo êxodo forçado e pelas precárias condições de vida, vagam sem rumo, procurando um lugar para colocar a sua parca bagagem.
A solidariedade entre as comunidades locais e as pessoas deslocadas assume todo o seu significado neste contexto de crise. As aldeias outrora acolhedoras de Kayna, Kirumba e Kanyabayonga estão agora sobrecarregadas pelo crescente número de pessoas em perigo. A população, já fragilizada, mobiliza-se da melhor forma possível para prestar a ajuda necessária a quem perdeu tudo.
O avanço dos rebeldes do M23 deve ser travado para pôr fim a esta tragédia humanitária cada vez pior. A urgência é fornecer ajuda alimentar, abrigo digno e apoio psicológico às vítimas deste conflito. É tempo de a comunidade internacional se mobilizar para pôr fim a esta violência e restaurar a paz nesta região devastada.
Concluindo, a situação no sul de Lubero é alarmante e exige uma acção urgente e coordenada. Os direitos das populações civis devem ser protegidos e os responsáveis por estes abusos devem ser responsabilizados. É imperativo agir agora para evitar uma catástrofe humanitária sem precedentes nesta região já tão enfraquecida pelo conflito e pela violência.