A preservação dos instrumentos tradicionais: um pilar da identidade musical congolesa

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Fatshimetrie convida a uma reflexão profunda sobre a preservação da identidade musical da República Democrática do Congo através da promoção de instrumentos tradicionais. Esta busca pela preservação das raízes culturais e da autenticidade dos sons congoleses está no centro das preocupações dos artistas e músicos do mundo da música.

O músico e artista Kanda Charme sublinha, com razão, a importância de manter vivos os instrumentos tradicionais para preservar a própria essência da música congolesa. Na verdade, a utilização crescente de instrumentos modernos em detrimento de instrumentos ancestrais corre o risco de diluir a riqueza e a originalidade da herança musical congolesa. Guitarras e sintetizadores, embora populares, não podem substituir o som autêntico e único da marimba, do banjo ou de outros instrumentos tradicionais.

Além disso, é particularmente interessante constatar que artistas de outras regiões do continente africano têm conseguido preservar e promover os seus instrumentos tradicionais para conquistar o público internacional. Com efeito, a utilização de instrumentos básicos como o xilofone, o balafon ou a gaita de foles confere uma forte identidade musical e desperta curiosidade e admiração à escala global.

Tendo isto em mente, é essencial que o Ministério da Cultura, Artes e Património se envolva activamente na promoção e divulgação dos instrumentos tradicionais congoleses. A organização de festivais destacando estes instrumentos ancestrais seria uma iniciativa louvável para oferecer aos artistas uma plataforma de expressão autêntica e para diversificar a cena musical congolesa, para além da rumba que recentemente integrou a lista do património imaterial da UNESCO.

A troca entre Kanda Charme e a cantora Lokwa Kanza, disposta a apoiar o projecto do álbum “Mbimbi”, testemunha o desejo dos artistas congoleses de se reconectarem com as suas raízes culturais e preservarem a essência da sua música. “Mbimbi”, a palavra, poderá assim tornar-se o símbolo de uma nova era onde os instrumentos tradicionais encontrem o seu devido lugar e contribuam para enriquecer o panorama musical congolês.

Em conclusão, a promoção dos instrumentos tradicionais da música congolesa é uma questão importante para a preservação da identidade cultural e musical do país. A autenticidade dos sons, a riqueza das tradições e a diversidade das expressões artísticas são tesouros a preservar e transmitir às gerações futuras. A Fatshimetrie está empenhada em promover esta abordagem de promoção e preservação do património musical congolês, para que a música continue a ser um vetor de emoções, partilha e identidade.

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