A convulsão política na França: reações da imprensa internacional

Fatshimetrie provocou fortes reações na imprensa internacional após os resultados das eleições legislativas francesas de 2024. A vitória do Comício Nacional e a ascensão da extrema direita foram amplamente comentadas e analisadas em todo o mundo.

O diário grego To Vima intitulou “Amanhece o primeiro dia de uma França desconhecida”, destacando a incerteza que paira sobre o país. Por seu lado, a BBC descreveu esta eleição como histórica, ilustrando a escala da convulsão política em França. A revista britânica The Spectator observou que votar no Rally Nacional já não é visto como vergonhoso, marcando uma mudança na percepção do público.

Os meios de comunicação alemães, como o Der Spiegel, expressaram preocupação com a banalização do voto na extrema direita em França. O Süddeutsche Zeitung apontou o dedo à responsabilidade de Emmanuel Macron nesta situação, sublinhando que a sua decisão de dissolver a Assembleia Nacional abriu caminho à extrema direita. O Die Welt e o Frankfurter Allegemeine Zeitung declararam que estas eleições marcam o fim do macronismo e criticaram a estratégia do presidente francês.

Do outro lado do Canal da Mancha, jornais britânicos como o The Times e o Daily Mail destacaram a humilhação de Macron face à direita francesa. Também destacaram os riscos de instabilidade política em França e na Europa após a ascensão da extrema direita. Na Itália, o Il Corriere della Sera falou da mudança radical da direita francesa, passando dos herdeiros de De Gaulle para uma França provinciana e ressentida.

Finalmente, na Suíça, o Tages-Anzeiger observou que a onda Le Pen estava a apagar a aura de poder de Macron e expressou receios de que o país estivesse a caminhar para ideias mais conservadoras e xenófobas.

Estas reacções da imprensa internacional ilustram a extensão das convulsões políticas em França e na Europa, bem como os desafios que os actuais líderes enfrentam. É claro que os resultados das eleições legislativas francesas de 2024 não deixam ninguém indiferente e que terão repercussões significativas no futuro político do país e do continente.

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