O dia 30 de junho de 2024 marcou o 64º aniversário da independência da República Democrática do Congo. Uma data histórica que, este ano, suscitou profundas reflexões por parte do adversário político Moise Katumbi. Estes últimos manifestaram reservas quanto à relevância das celebrações no contexto atual do país.
Numa mensagem de vídeo transmitida no sábado, 29 de junho, Moise Katumbi falou para destacar a dura realidade vivida diariamente pelos congoleses. Confrontados com uma grave crise económica e social, os cidadãos sofrem as consequências do desvio de fundos públicos, da corrupção generalizada e da falta de infra-estruturas básicas. Para Moise Katumbi, é urgente reconhecer que o povo congolês se tornou mendigo no seu próprio país, privado de estradas transitáveis, electricidade fiável e água potável.
O adversário político não deixou de apontar a situação crítica no leste do país, onde os conflitos armados persistem e ameaçam a vida de milhares de congoleses. O M23, apoiado pelo exército ruandês, continua a semear o terror na região do Kivu Norte, causando confrontos mortais. Moise Katumbi sublinhou a urgência de agir para pôr fim a esta espiral de violência que enluta diariamente as famílias congolesas.
Perante este quadro sombrio, o adversário lançou um apelo à mobilização e à unidade. Inspirado pelos valores de coragem e determinação dos pais fundadores da independência em 1960, Moise Katumbi recordou o profundo amor destes últimos pelo seu país. No entanto, questiona legitimamente a relevância de celebrar uma data histórica enquanto o país atravessa uma crise profunda e muitos congoleses estão mergulhados no sofrimento.
Concluindo, a reflexão de Moise Katumbi ressoa como um apelo à ação e à responsabilidade coletiva. É hora de nos unirmos, superarmos as divisões políticas e trabalharmos juntos para um Congo melhor. A comemoração da independência não deve ser uma simples celebração, mas sim um momento de sensibilização e mobilização para um futuro mais justo e próspero para todos os congoleses.
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