A África Ocidental reforça a sua luta contra o terrorismo com a criação de uma “força de reserva” pela CEDEAO

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A África Ocidental está a mobilizar-se contra o terrorismo com o projecto da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para criar uma “força de reserva”. Esta iniciativa, discutida durante uma reunião em Abuja entre os ministros da Defesa e das Finanças dos países membros da organização regional, visa reforçar a segurança na região. Os detalhes revelados durante esta reunião destacam duas configurações possíveis para esta força regional.

A primeira configuração prevê uma “força de reserva” de 5.000 soldados, exigindo um orçamento anual de 2,6 mil milhões de dólares. Enquanto a segunda hipótese propõe uma força composta por 1.500 soldados, com um custo estimado de US$ 500 milhões por ano. Estes números ilustram a escala dos desafios de segurança que a África Ocidental enfrenta e a determinação dos Estados-Membros em responder-lhes proactivamente.

A mudança no mandato desta força de reserva também é significativa. Embora tenha sido inicialmente concebido para intervir em caso de derrubada de regimes resultantes de golpes de Estado, o seu novo papel prioritário será a luta contra o terrorismo. Um desenvolvimento necessário dada a ascensão de grupos extremistas na região, particularmente no Mali, no Níger e no Burkina Faso.

A proposta de incluir estes três países, liderados por golpistas que abandonaram a CEDEAO, na força de reserva é ao mesmo tempo um convite à cooperação para reforçar a segurança regional e um apelo à reintegração no seio da organização regional. No entanto, a sua ausência na reunião realça as tensões e os desafios em curso para uma colaboração eficaz.

Esta nova abordagem sublinha a importância da cooperação regional na luta contra o terrorismo na África Ocidental. Ao reforçar as capacidades dos Estados-Membros para agirem de forma concertada e coordenada, a criação desta força de reserva poderá marcar um ponto de viragem na segurança regional. Resta agora concretizar estas ambições e mobilizar os recursos necessários para lidar eficazmente com a ameaça terrorista que pesa sobre a região.

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