As tensões e os combates eclodiram novamente na região do Kivu Norte, na República Democrática do Congo, quando as cidades de Miriki e Kimaka caíram sob o controlo dos rebeldes do M23. Esta conquista ocorreu na sequência de violentos confrontos entre as Forças Armadas da RDC e os rebeldes apoiados pelo Ruanda.
Os residentes destas duas cidades foram forçados a fugir em massa após o ataque rebelde, que ocorreu ao amanhecer. Os combatentes M23 atacaram posições das FARDC perto da ponte Lai-Lai, travando intensos combates com armas pesadas para finalmente capturar a aldeia de Miriki, localizada a cinco quilómetros do centro de Kimaka.
Testemunhas relataram que os rebeldes realizaram uma manifestação em Miriki, causando pânico entre os residentes e levando-os a refugiar-se massivamente nas aldeias vizinhas. O Coronel Alain Kiwewa, administrador do território Lubero, confirmou a persistência dos combates em torno de Miriki e Kimaka, acrescentando que os bombardeamentos afectaram as cidades de Kanyabayonga e Kirumba.
As perdas humanas já se fazem sentir, com um relatório provisório que mostra cinco mortes, incluindo uma criança, e vários feridos. Esta escalada de violência evidencia mais uma vez a fragilidade da situação de segurança na região do Kivu Norte e a vulnerabilidade das populações civis aos confrontos armados.
As autoridades locais e as organizações humanitárias estão a trabalhar para prestar assistência de emergência às pessoas deslocadas, que se encontram numa situação muito precária. Estes acontecimentos recordam a necessidade de encontrar soluções duradouras para pôr fim aos conflitos armados que assolam o leste da RDC e para garantir a protecção dos civis inocentes encurralados nos combates.
É imperativo que a comunidade internacional intensifique os seus esforços para apoiar as iniciativas de paz e reconciliação na região, a fim de pôr fim a esta espiral de violência que só causa mais sofrimento e desolação.
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