O futuro dos meios de comunicação associativos na República Democrática do Congo: Questões fiscais e perspectivas de desenvolvimento

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Fatshimetrie, 21 de junho de 2024 – O recente desenvolvimento das leis de liberdade de imprensa na República Democrática do Congo marcou um importante ponto de viragem para os meios de comunicação associativos, comunitários e religiosos do país. Num workshop recente em Fatshimetrie, foram propostas estratégias visionárias para incentivar o governo a melhorar a situação fiscal destes intervenientes essenciais na informação.

Desde a adopção da nova lei em Março de 2023, que concede reconhecimento legal aos meios de comunicação associativos e comunitários, abriu-se uma nova fase na luta por uma imprensa livre e justa na RDC. No entanto, o aspecto fiscal continua a ser uma questão crucial para a sustentabilidade destes meios de comunicação, razão pela qual os participantes do workshop procuraram formular estratégias concretas para aumentar a consciência do governo sobre esta questão.

Jean-Claude Lumisa, secretário permanente da Federação das Rádios Locais do Congo (FRPC), sublinhou a importância destas estratégias para iniciar um diálogo construtivo com as autoridades nacionais. “O nosso objectivo é avançar na nossa defesa, propondo medidas concretas que irão encorajar o governo a melhorar o estatuto fiscal e parafiscal dos meios de comunicação associativos, comunitários e religiosos”, declarou.

Entre as recomendações feitas durante este workshop, a proposta de reunir-se com vários intervenientes importantes foi amplamente apoiada. Estes incluem decisores políticos, líderes religiosos, comunidades locais e representantes da sociedade civil. Estas reuniões permitiriam expor as questões específicas que estes meios de comunicação enfrentam e defender uma reforma fiscal adaptada à sua realidade.

Um elemento-chave desta defesa é o desenvolvimento de um memorando solicitando a redução de impostos e royalties impostos aos meios de comunicação associativos, comunitários e religiosos. É crucial sublinhar que estes meios de comunicação social desempenham um papel essencial na sensibilização e informação das populações, particularmente nas zonas rurais e remotas, onde o acesso à informação é muitas vezes limitado.

Em última análise, o objectivo destas estratégias é promover um ambiente favorável ao desenvolvimento sustentável dos meios de comunicação associativos na RDC. Ao reduzir a carga fiscal excessiva sobre estes intervenientes empenhados, o governo poderia não só promover a diversidade dos meios de comunicação social, mas também reforçar a democracia e o acesso à informação para todos os cidadãos congoleses.

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