A regularização das associações sem fins lucrativos (ASBL): desafios e questões na República Democrática do Congo

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Fatshimetrie – O desafio da regularização das associações sem fins lucrativos (ASBL) na República Democrática do Congo

A questão da regularização das associações sem fins lucrativos (ASBL) na República Democrática do Congo está hoje no centro dos debates, suscitando inúmeras preocupações na sociedade civil. O recente prazo concedido pelo Ministro da Justiça para a regularização das organizações sem fins lucrativos suscitou uma onda de reacções e protestos, evidenciando as dificuldades enfrentadas por estas organizações envolvidas na defesa dos direitos das mulheres e na protecção das crianças.

Num comunicado de imprensa conjunto, membros de organizações que defendem os direitos das mulheres e a protecção das crianças manifestaram a sua preocupação com o período extremamente curto concedido para a regularização de organizações sem fins lucrativos. Se a regulamentação e o enquadramento legal das organizações da sociedade civil são essenciais, os constrangimentos logísticos e financeiros enfrentados por estas associações não podem ser ignorados.

É urgente que o Ministro da Justiça abra um diálogo com os vários intervenientes da sociedade civil para encontrar soluções adequadas que conciliem as exigências administrativas com a realidade operacional das organizações sem fins lucrativos. A criação de uma mesa redonda parece ser um passo crucial para discutir as implicações desta decisão e dar respostas adaptadas às necessidades das associações.

As organizações signatárias do comunicado insistem na necessidade de um prazo mais razoável e de assistência administrativa adequada para garantir a continuidade das atividades das organizações sem fins lucrativos. É fundamental que as autoridades tenham em conta as especificidades de cada organização e facilitem o processo de regularização, respeitando o quadro legal em vigor.

A suspensão da emissão do Fólio F92 pelo Ministério da Justiça destacou os desafios enfrentados pelas organizações sem fins lucrativos, ONG e igrejas recém-criadas na RDC. Esta decisão sublinha a importância de criar mecanismos de apoio eficazes às organizações da sociedade civil para garantir a sua sustentabilidade e reforçar a sua contribuição para o desenvolvimento do país.

Em conclusão, a questão da regularização das organizações sem fins lucrativos na RDC exige uma abordagem inclusiva e concertada, tendo em conta as especificidades e necessidades de cada organização. É imperativo que as autoridades e os actores da sociedade civil trabalhem em conjunto para encontrar soluções duradouras que promovam um ambiente propício à acção de associações engajadas em causas cruciais para o bem-estar da população congolesa.

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