Rumo a um Congo soberano: desafios e oportunidades pós-MONUSCO

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**Fatshimetrie: 25 anos de presença da MONUSCO na RDC**

Enquanto a MONUSCO se prepara para encerrar um capítulo da sua história na República Democrática do Congo, as questões de coordenação e cooperação entre as forças activas do país revelam-se cruciais para o futuro da nação. Foi durante um seminário de reflexão de três dias em Kinshasa que estas questões foram destacadas.

Julienne Lusenge, vice-coordenadora do Mecanismo Nacional de Monitorização, sublinhou a importância vital da colaboração eficaz entre os principais intervenientes, em particular a sociedade civil, para garantir a defesa da pátria num contexto de transição. Enquanto a MONUSCO se prepara para retirar-se do território congolês, cabe agora às autoridades nacionais e à população assumir o controlo para garantir a estabilidade e a segurança do país.

O plano para a retirada gradual da MONUSCO, já em curso em várias províncias, levanta desafios e oportunidades para a RDC. Na verdade, a capacidade do governo para garantir a segurança interna e realizar reformas institucionais está a ser testada. O Programa Nacional de Desarmamento, Desmobilização, Recuperação Comunitária e Estabilização, bem como as forças policiais e o exército são chamados a desempenhar um papel fundamental nesta transição.

Para além da retirada física da Missão da ONU, é a consolidação da paz e da cooperação regional que surge como um grande desafio para os próximos anos. Os intervenientes regionais devem trabalhar em conjunto para preservar a estabilidade e promover a coabitação pacífica entre os Estados vizinhos. Neste contexto, o papel do Mecanismo Nacional de Monitorização é de capital importância como garante da implementação dos compromissos nacionais e das reformas essenciais à reconstrução do país.

O objectivo deste workshop reside na contribuição da sociedade civil congolesa para a construção de uma nação unida, forte e próspera. Ao tirar lições dos 25 anos de presença da MONUSCO na RDC, o objectivo é definir um roteiro para superar os desafios e obstáculos que se colocam no caminho para a paz e o desenvolvimento.

Em conclusão, a transição para uma RDC autónoma e soberana envolve a assunção de responsabilidade colectiva e a colaboração estreita entre todas as partes interessadas. É neste espírito de cooperação e solidariedade que o país conseguirá superar os desafios actuais e construir um futuro melhor para os seus cidadãos.

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