Fatshimetrie: revolução fluvial para o desenvolvimento rural na RDC

**Fatshimetrie: Um Projeto Inovador para a Abertura de Áreas Rurais na RDC por Rotas Fluviais**

No centro dos desafios de desenvolvimento da República Democrática do Congo reside uma ambição sem precedentes: a abertura das zonas rurais através de um projecto inovador centrado na utilização de vias fluviais navegáveis. Esta iniciativa, liderada pelo Ministro do Desenvolvimento Rural Muhindo Nzangi, desperta entusiasmo e esperança para uma mudança radical na acessibilidade e conectividade de territórios até então isolados.

Durante o seu discurso na Universidade de Kinshasa, o Ministro Nzangi traçou as grandes linhas deste ambicioso plano que visa abrir nada menos que 65% dos territórios da RDC, ou 94 dos 145 do país. Um objectivo principal que se baseia numa abordagem pragmática e economicamente viável: a utilização dos cursos de água existentes e o seu potencial subexplorado.

Na base deste projeto, a ideia forte reside na convicção de que estes cursos de água são bens naturais a desenvolver. Com efeito, segundo o ministro, um investimento relativamente modesto de 80 milhões de dólares permitiria realizar trabalhos de marcação em 11.300 km de estradas de serviço agrícola, ligadas a pequenos portos territoriais. Uma forma eficaz e barata de promover o transporte de mercadorias e pessoas, de impulsionar as trocas económicas e de reforçar a coesão territorial.

Perante a dimensão deste desafio, o ministro conta com o apoio das instituições nacionais, a começar pelo governo congolês e pelo Presidente da Assembleia Nacional, que têm um papel essencial a desempenhar na concretização deste projecto visionário. Ao reunir as diversas partes interessadas em torno desta ambição comum, é possível transformar de forma sustentável os territórios sem litoral em alavancas de desenvolvimento e de inclusão social.

Em última análise, o projecto de abertura das zonas rurais através de rotas fluviais navegáveis ​​na RDC representa uma oportunidade única para repensar a conectividade do território, desenvolver os recursos naturais e promover o desenvolvimento equilibrado e sustentável para toda a população. Assim começa uma nova era onde a inovação, a criatividade e a visão de longo prazo se combinam para oferecer um futuro melhor às gerações presentes e futuras.

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