O preocupante aumento dos ataques terroristas na região de Beni, na RDC

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Numa região sob tensão, no coração do território de Beni, na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, foi alvejado um comboio da Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO). durante uma patrulha destinada a proteger a população local. Este ataque, ocorrido no domingo, 16 de junho, destacou as tensões e acusações feitas contra a missão da ONU por jovens na região.

Os agressores, acusando a MONUSCO de cumplicidade com terroristas ugandenses do grupo rebelde ADF responsáveis ​​pela morte de cerca de uma centena de civis na semana anterior, provocaram brigas que levaram a confrontos violentos. Um soldado da paz ficou ferido durante estes incidentes, demonstrando a periculosidade da situação de segurança na região.

Confrontado com este ataque, o representante especial adjunto do Secretário-Geral da ONU encarregado da protecção e das operações condenou veementemente a violência perpetrada contra as forças de manutenção da paz da MONUSCO. Ela também apelou ao acesso irrestrito para garantir a proteção dos civis na região de Beni, já atingida por ataques terroristas recorrentes.

Desde o início de Maio de 2024, a região de Beni tem sido palco de uma série de ataques atribuídos a terroristas das ADF, causando um total de 123 vítimas civis. As aldeias de Bapakombe-Pendekali, Mangina, Mantumbi, Kudukudu, Kalmango e Beu-Manyama foram particularmente afectadas por esta violência. Além disso, o território vizinho de Lubero também registou a perda de 25 vidas em circunstâncias semelhantes, aumentando o já pesado número de violência na região.

Esta escalada de violência e os repetidos ataques sublinham a necessidade de uma resposta urgente e coordenada para proteger as populações civis e restaurar a estabilidade na região. A MONUSCO, em colaboração com as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) e a Polícia Nacional Congolesa (PNC), deve redobrar os seus esforços para enfrentar esta persistente ameaça terrorista e garantir a segurança dos habitantes de Beni e arredores.

É imperativo que a comunidade internacional apoie os esforços para estabilizar e pacificar a região do Kivu Norte, a fim de evitar novas tragédias e permitir que as populações locais vivam em paz e segurança. A protecção dos civis deve continuar a ser a principal prioridade de todas as partes envolvidas, respeitando simultaneamente os direitos humanos e os princípios da ONU.

Em conclusão, a situação em Beni e no Kivu do Norte exige uma resposta colectiva e determinada para pôr fim à violência indiscriminada dos grupos armados e garantir um futuro pacífico para a região.. A solidariedade e a coordenação internacional são essenciais para garantir a protecção das populações vulneráveis ​​e a construção de uma paz duradoura na República Democrática do Congo.

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