Alegações de conspiração de anarquia na coletiva de imprensa do Estado de Kano – Procurador-Geral Dederi: Revelando a turbulência política no coração da Nigéria

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**Alegações de conspiração de anarquia em coletiva de imprensa do Estado de Kano – Procurador-Geral Dederi**

No centro da política tumultuada da Nigéria está o Estado de Kano, onde as alegações de uma conspiração para semear a anarquia chegaram às manchetes numa recente conferência de imprensa organizada pelo Procurador-Geral e pelo Comissário Estadual da Justiça.

O título da comunicação de Dederi, sobriamente intitulada “Quem está a conspirar para causar a anarquia em Kano?”, revela a urgência e a gravidade da situação que impulsiona os corredores do poder neste estado no noroeste da Nigéria. Num discurso veemente, Dederi protestou contra o que descreveu como esquemas idealizados por “agentes de destruição e políticos rejeitados” que procuram deliberadamente mergulhar o Estado numa anarquia desnecessária e evitável.

A acusação mais pesada é dirigida à Polícia Estadual, a quem acusa de tentar minar a autoridade constitucional do governador. Dederi salienta que indivíduos não identificados alegadamente emitiram directivas contra os chefes de segurança do estado, levando à decisão unilateral do Comissário da Polícia (CP) de proibir as festividades do Eid-el Kabir a Kano, sem sequer consultar o governador.

A negação da autoridade do governador pelo PC e as suas decisões tomadas sem consulta prévia levantam questões. Quem está por trás dessas ações? Quem está a pressionar o Comissário a ultrapassar as directivas de segurança legítimas do governador?

No fundo, esta crise política tem as suas raízes na dissolução dos Conselhos dos Emirados pelo governador e na fusão dos cinco Emirados num só. Esta convulsão levou nomeadamente à reintegração do ex-emir Sanusi Lamido Sanusi, demitido pelo ex-governador Ganduje em 2020.

A decisão do governador em fazê-lo baseou-se na necessidade de corrigir as injustiças sofridas pelo povo do estado. No entanto, uma recente decisão judicial que declarou que os direitos do Emir Aminu Ado Bayero tinham sido violados semeou confusão neste cenário político já tumultuado.

O anúncio da intenção de recorrer desta decisão judicial revela o desejo de resistir a qualquer contestação ao governo do estado. Dederi rejeita categoricamente as alegações de que Bayero foi colocado em prisão domiciliária, argumentando que a sua presença em Nasarawa foi decidida por ele próprio e que o governo estava simplesmente a cumprir o seu dever de proteger a segurança pública.

As tensões políticas transcendem o simples caso de Bayero para revelar manobras secretas destinadas a desestabilizar a autoridade do governador e assumir o controle do Estado. Dederi apela a todos os defensores da democracia para que evitem qualquer tentativa de caos em Kano, sublinhando que qualquer ato que comprometa a paz é uma afronta à democracia.

Em resposta a estas acusações, o Comissário da Polícia de Kano, Ussain Gumel, defendeu-se afirmando que nunca tinha desrespeitado o governador e recordando o seu compromisso com a segurança e a paz do Estado. A decisão de proibir o tradicional Sallah Durbar, símbolo das celebrações do Eid-el Kabir, foi justificada pela necessidade de manter a tranquilidade pública.

Qualquer que seja o resultado destes conflitos políticos, uma coisa é certa: o Estado de Kano é palco de intensas tensões políticas e lutas pelo poder que questionam os próprios fundamentos da democracia na Nigéria.

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