“A situação no território de Kwamouth, na província de Maï-Ndombe, continua a suscitar preocupações e a desafiar as autoridades locais e nacionais. Desde o início da violência resultante de um conflito fundiário e consuetudinário entre as comunidades Teke e Yaka, a região está mergulhado num ciclo de destruição e desolação difícil de superar.
Passaram dois anos desde o início da violência e, no entanto, as infra-estruturas básicas permanecem em ruínas. As estradas estão intransitáveis, as escolas e as casas estão reduzidas a cinzas, as igrejas estão devastadas. As populações locais tiveram de fugir das suas casas e ainda aguardam um regresso seguro e a necessária reconstrução para regressarem à vida normal.
A sociedade civil da região lança um apelo urgente ao governo para uma intervenção urgente. As necessidades são evidentes: reconstruir casas, escolas e centros de saúde para permitir que os deslocados recuperem uma aparência de estabilidade. A inacção das autoridades centrais é criticada, enquanto os moradores lamentam a falta de avaliação dos danos e a ausência de medidas concretas para ajudar as populações afectadas.
As aldeias de Nkimwa, Esila, Makanisi, Mbomo e muitas outras permanecem sob a influência de milicianos, impossibilitando o regresso dos residentes. As atividades económicas estão paralisadas, o acesso aos serviços básicos está comprometido e a situação humanitária continua preocupante.
No centro deste conflito estão questões fundiárias e comunitárias exacerbadas por tensões históricas. As autoridades consuetudinárias viram-se apanhadas numa espiral de violência gerada por reivindicações territoriais e divergências sobre royalties consuetudinários.
É imperativo que as autoridades tomem medidas para acabar com esta crise e permitir a reconstrução das comunidades. A estabilidade e a segurança da população de Kwamouth e das áreas circundantes devem ser uma prioridade máxima.
Em conclusão, a situação em Kwamouth reflecte os desafios complexos que a RDC enfrenta. A reconstrução desta região devastada exigirá um compromisso sustentado, uma coordenação eficaz e uma forte vontade política para garantir um futuro melhor para todas as pessoas afetadas por esta tragédia.”