A tomada de posse do governo liderado pela Primeira-Ministra Judith Suminwa na República Democrática do Congo suscita muitas esperanças de uma mudança significativa na gestão política do país. Com efeito, Dom Donatien Nshole, secretário-geral da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO), expressou o seu optimismo quanto ao advento de uma nova era que põe fim às práticas de peculato e corrupção com que o povo congolês é frequentemente confrontado.
O discurso do Bispo Nshole destaca a importância da boa governação e da integridade na execução das funções governamentais. Ele apela a uma verdadeira vontade política de mudança e à implementação efectiva do programa governamental para satisfazer as expectativas legítimas da população congolesa. É fundamental romper com os erros do passado e comprometer-se resolutamente no caminho da transparência e da eficiência.
Como representante da Igreja, Monsenhor Nshole sublinha o papel do apoio e da vigilância cidadã na monitorização das ações governamentais. Incentiva a população a manter-se mobilizada e a denunciar qualquer desvio ou tentativa de desvio dos objectivos traçados. O envolvimento da sociedade civil, dos meios de comunicação social e das instituições independentes é essencial para garantir uma governação democrática ao serviço do interesse geral.
Além disso, a Comissão Episcopal para a Justiça e a Paz está empenhada em acompanhar de perto a implementação do programa governamental, a fim de avaliar os seus impactos e benefícios para a população congolesa. Esta abordagem de monitorização visa garantir a responsabilização e promover a transparência na gestão dos assuntos públicos. A cooperação entre autoridades governamentais, sociedade civil e instituições religiosas é essencial para construir um futuro melhor para todos.
Em conclusão, a tomada de posse do governo de Judith Suminwa representa uma oportunidade única para fazer mudanças positivas e trabalhar para o desenvolvimento e bem-estar da população congolesa. A vigilância, o envolvimento cívico e a colaboração entre todas as partes interessadas da sociedade serão decisivos para transformar as promessas em ações concretas e sustentáveis. A RDC do Congo encontra-se numa encruzilhada e é imperativo escolher o caminho da responsabilidade, da justiça e da solidariedade para construir um futuro melhor para todos os seus cidadãos.