O governo de Judith Suminwa na República Democrática do Congo suscita grandes expectativas e levanta questões legítimas sobre a sua capacidade de enfrentar os actuais desafios do país. Depois de uma longa espera e de eleições legislativas agitadas, a tomada de posse deste novo governo, marcada para esta terça-feira, 11 de junho, é aguardada com impaciência.
Uma das grandes prioridades deste governo é, sem dúvida, a questão do emprego. Com uma população predominantemente jovem, a economia congolesa deve enfrentar o desafio de criar 1,5 milhões de empregos por ano até 2030. Esta ambição traduz-se numa alocação significativa de recursos, com quase 30% do orçamento do programa quinquenal dedicado à criação de emprego. e protecção do poder de compra dos cidadãos.
A segurança do território nacional constitui outra questão crucial para o governo Suminwa, com 20% dos fundos atribuídos a este objectivo. Estão previstas medidas importantes, como o reforço do efetivo do exército e a melhoria do seu equipamento, bem como o estabelecimento de um plano estratégico de segurança a longo prazo. Estas iniciativas visam garantir a protecção dos cidadãos e dos seus bens, o que é essencial para garantir a estabilidade do país.
Ao mesmo tempo, o governo atribui especial importância ao planeamento do uso do solo para promover a conectividade e o desenvolvimento económico. Estão previstos vários projectos de infra-estruturas, que vão desde a construção de estradas prioritárias até à modernização dos principais aeroportos do país. Estas iniciativas são essenciais para promover o crescimento económico e melhorar a qualidade de vida dos congoleses.
No entanto, apesar destas ambições louváveis, as vozes da sociedade civil alertam para os desafios relacionados com a corrupção e a boa governação. A transparência e a integridade na gestão dos assuntos públicos continuam a ser grandes preocupações, exigindo uma vigilância constante por parte das autoridades e da população.
Em conclusão, o governo de Judith Suminwa demonstra uma forte ambição para enfrentar os desafios socioeconómicos da RDC. No entanto, o seu sucesso dependerá da sua capacidade de realizar os seus projectos, respeitando simultaneamente os princípios democráticos e a boa governação. Os próximos meses serão, portanto, cruciais para avaliar a eficácia deste novo governo e o seu impacto na vida dos congoleses.