Num contexto político tenso, o Presidente da República Félix Tshisekedi recomendou recentemente que a Sagrada União da Nação (USN) revisse a lista de candidatos à eleição do cargo final da Assembleia Nacional. Durante uma reunião com 406 deputados nacionais e cerca de quarenta chefes de grupos políticos, o Presidente manifestou a necessidade de uma revisão da lista inicial, que suscitou fortes reacções no seio da maioria parlamentar.
A comissão responsável pela análise e validação das candidaturas apresentou, inicialmente, uma lista que incluía Vital Kamerhe como presidente, Jean-Claude Tshilumbayi como primeiro vice-presidente, Christophe Mboso como segundo vice-presidente, Jacques Djoli como relator, e Chimène Polipoli e Caroline Bemba como questores e vice-questores. No entanto, esta proposta foi contestada, especialmente devido à falta de representação de certas regiões e à sub-representação das mulheres.
Confrontado com estas tensões, o Presidente Tshisekedi apelou ao diálogo e à consulta para alcançar uma lista mais equilibrada e representativa da diversidade política e regional dentro da Assembleia Nacional. Ele instou os membros do presidium a trabalharem em conjunto com os chefes dos grupos políticos, a fim de chegar a um consenso aceitável para todos.
O anúncio do adiamento das eleições agendadas no Palácio do Povo devido a estes ajustamentos necessários demonstra a vontade do Presidente em garantir uma governação transparente e inclusiva. Além disso, a ameaça de dissolução da Assembleia Nacional formulada pelo Chefe de Estado em caso de persistência de anti-valores recorda o compromisso do governo na luta contra a corrupção e as práticas nocivas que têm dificultado o progresso do país.
Neste contexto delicado, é evidente que Félix Tshisekedi procura promover a boa governação e fortalecer as instituições democráticas. O seu desejo de estabelecer um gabinete parlamentar representativo, respeitador da diversidade e dos valores democráticos, testemunha uma visão política orientada para a unidade nacional e o progresso colectivo. Não há dúvida de que os próximos desenvolvimentos nesta situação terão um grande impacto no futuro político da República Democrática do Congo.