O caos do futebol congolês: o absurdo reina supremo

O mundo do futebol congolês é um universo onde o inesperado parece ser a norma, onde o absurdo reina supremo e onde a indecência muitas vezes parece brincar com as regras estabelecidas. No centro deste caos, jogadores de futebol, clubes e agora dirigentes parecem estar todos competindo pelo nada invejável título de campeões da mediocridade.

O recente episódio envolvendo AS VClub e AS Maniema Union durante o adiamento de um jogo agendado para o Stade des Martyrs, em Kinshasa, é uma prova clara disso. A decisão tomada pelo Linafoot de adiar o jogo, sem que nenhuma das equipas em causa tenha solicitado tal adiamento, levanta muitas questões. A ausência de pedidos de adiamento por parte dos clubes envolvidos deixa um mistério em torno das reais motivações desta decisão.

As especulações são abundantes, com alguns sugerindo que o AS VClub pode ter tentado evitar um confronto difícil solicitando secretamente o adiamento da partida. Uma prática comum no mundo do futebol congolês onde os clubes em dificuldades tentam por todos os meios adiar confrontos delicados para salvar a sua temporada.

No entanto, esta manobra inescrupulosa levanta questões sobre a integridade e transparência da gestão das competições de futebol na RDC. Linafoot, ao adiar um jogo sem justificação válida, parece demonstrar uma flagrante falta de profissionalismo e rigor.

Para além do simples encontro adiado, é a má imagem do futebol congolês que é remetida. As questões desportivas e a honra das competições são minadas por decisões arbitrárias e acordos duvidosos.

Já é tempo de os órgãos dirigentes do futebol congolês se unirem e agirem com justiça e rectidão para garantir a integridade das competições e o respeito por uma competição saudável. Os jogadores de futebol, sejam jogadores, treinadores, dirigentes ou adeptos, merecem um espectáculo de qualidade, livre de peripécias e manobras obscuras.

Em conclusão, o futebol congolês, longe de ser um santuário de excelência, parece estar a afundar-se numa espiral de mediocridade e incongruência. É hora de restaurar a ordem neste caos e restaurar a nobreza neste desporto que tanto desperta paixões na RDC.

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