A situação geopolítica global continua tensa, com os Estados Unidos impondo recentemente sanções a mais de uma dúzia de empresas na China e em Hong Kong pelo seu apoio à guerra da Rússia na Ucrânia. Esta decisão faz parte de uma série de quase 300 novas sanções reveladas esta quarta-feira pelas autoridades norte-americanas.
Os líderes dos EUA, incluindo a secretária do Tesouro, Janet Yellen, e o secretário de Estado, Antony Blinken, alertaram repetidamente as autoridades chinesas para cessarem o seu apoio à Rússia. Eles insistiram que a China está a fornecer à Rússia itens de dupla utilização que melhoram as suas capacidades militares no conflito na Ucrânia.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos disse num comunicado de imprensa que quase 300 alvos, atingidos pelas sanções do Tesouro e do Departamento de Estado, incluem actores que facilitaram a aquisição de tecnologia e equipamento vital pela Rússia no estrangeiro.
Estas sanções também afetam entidades na Rússia, Azerbaijão, Bélgica, Eslováquia, Turquia e Emirados Árabes Unidos. Visam combater a evasão de sanções e o apoio à base militar-industrial da Rússia, bem como aos seus programas de armas biológicas e químicas. O Departamento do Tesouro também visou aqueles que forneceram materiais precursores utilizados pela Rússia no fabrico de explosivos.
De acordo com um documento informativo do Departamento de Estado, as sanções visam entidades chinesas “responsáveis pelo desenvolvimento e fornecimento de equipamento aeroespacial, fabrico e tecnologia de dupla utilização a entidades sediadas na Rússia”.
As autoridades norte-americanas também alertaram contra o apoio da China à base militar-industrial da Rússia, o que teria permitido a Moscovo continuar a sua guerra contra a Ucrânia. Com a reconstrução das capacidades de defesa da Rússia, os Estados Unidos procuram mobilizar os seus aliados para pressionar Pequim, seja através de meios diplomáticos ou, se isso falhar, através de medidas punitivas, para cessar esse apoio.
Apesar das discussões em curso, parece que a China não tem intenção de dar ouvidos aos avisos dos EUA. A posição da China face a estas sanções e à pressão internacional permanece incerta, deixando incerteza sobre as repercussões futuras destas medidas.
Num contexto em que a estabilidade global é cada vez mais posta em causa, é crucial que os intervenientes internacionais cooperem e encontrem soluções diplomáticas para acalmar as tensões. Os acontecimentos recentes sublinham a importância do diálogo e da cooperação entre as principais potências para garantir a segurança e a paz no mundo.