O Acampamento Terra Livre 2025, realizado em Brasília, foi um protesto sem precedentes que reuniu milhares de povos indígenas. Este ano, o foco das reivindicações estava nas promessas não cumpridas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de criar reservas e expulsar garimpeiros ilegais e grileiros de terras indígenas.
Apesar da promessa do presidente Lula de criar seis novas reservas em 2025, apenas duas foram estabelecidas, gerando frustração entre os povos indígenas. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil emitiu uma carta aberta denunciando esse atraso e reafirmando que os direitos indígenas são inegociáveis e não podem ser retirados da Constituição.
Mesmo com 251 territórios aguardando reconhecimento pelo governo federal, apenas seis reservas foram criadas em 2023, abrangendo uma extensa área de terra, incluindo parte significativa da floresta amazônica. No entanto, essa iniciativa enfrenta oposição do poderoso setor do agronegócio, com respaldo de diversos parlamentares e governadores em todo o país.
A mobilização dos povos indígenas em Brasília foi impressionante, com cerca de 8.000 participantes, alguns viajando centenas de quilômetros de ônibus para estar presentes. O acampamento incluiu atividades como danças tradicionais, venda de artesanato, debates e manifestações políticas, destacando a luta dos povos indígenas pela proteção de seus territórios e direitos.
O Acampamento Terra Livre deste ano demonstrou a união e a determinação inabaláveis dos povos indígenas do Brasil, ressaltando questões cruciais relacionadas à defesa e preservação de suas terras ancestrais. Mesmo diante de inúmeros desafios, as vozes indígenas ergueram-se com vigor para exigir o respeito aos seus direitos, reiterando ao governo e à sociedade brasileira a importância vital de proteger a diversidade e a riqueza das culturas indígenas do país.