A situação humanitária no leste da República Democrática do Congo suscita profunda preocupação após a visita de uma delegação composta pelo Coordenador Humanitário, 15 embaixadores do corpo diplomático, o Ministro dos Assuntos Sociais e representantes de ONG nacionais e internacionais em Goma, capital do Kivu Norte.
Durante a visita, foi possível testemunhar em primeira mão a gravidade da crise humanitária que aflige a região, impactando milhões de pessoas, especialmente mulheres e crianças. Os relatos das pessoas deslocadas internamente evidenciam o sofrimento diário e a notável resiliência dessas comunidades diante de desafios intransponíveis.
Diante desse cenário crítico, a delegação fez um apelo urgente à mobilização para auxiliar as populações vulneráveis no leste da RDC. O Embaixador da Suécia na RDC, Henric Rasbrant, enfatizou a necessidade de proteger os civis em tempos de conflito, destacando a importância do respeito pelo direito humanitário internacional por todas as partes envolvidas.
Rasbrant também enfatizou a importância de garantir acesso humanitário sem obstáculos para proporcionar assistência adequada às comunidades mais vulneráveis. Além disso, ressaltou a urgência de uma solução diplomática e política para pôr fim a essa crise, incentivando o diálogo e a negociação como alternativas à violência.
O Coordenador Humanitário na RDC, Bruno Lemarquis, destacou o papel de diferentes grupos armados, como o M23 e os rebeldes ADF, no agravamento da situação humanitária na região. Ele apelou por uma resposta mais sustentada da comunidade internacional, salientando que os fundos atualmente disponibilizados são insuficientes para atender às necessidades urgentes das populações em perigo.
Em resposta a essas preocupações, o Ministro dos Assuntos Sociais, Modeste Mutinga, levantou a possibilidade de uma conspiração internacional contra a RDC. Essa declaração evidencia a complexidade das questões políticas e de segurança subjacentes à crise humanitária no leste do país.
Diante dessa situação crítica, é crucial que a comunidade internacional intensifique os esforços para fornecer assistência humanitária eficaz e sustentável às populações afetadas. As necessidades são enormes e os desafios inúmeros, mas unidos podemos trabalhar para aliviar o sofrimento de milhões de pessoas em perigo.