Recentemente, os doadores internacionais se comprometeram a apoiar a crise humanitária na Etiópia, demonstrando um esforço louvável para fornecer ajuda crucial a um país que enfrenta grandes desafios. O apelo das Nações Unidas resultou na mobilização de cerca de 630 milhões de dólares, embora ainda abaixo dos mil milhões de dólares originalmente pretendidos para auxiliar milhões de pessoas em situação de dificuldade, devido a conflitos internos e mudanças climáticas.
Os Estados Unidos, principal doador humanitário da Etiópia, destacaram que seus recursos estão cada vez mais sobrecarregados. Da mesma forma, o Reino Unido, segundo maior contribuinte, alertou para o risco de a Etiópia ser negligenciada devido a outras crises humanitárias globais. Esse alerta ressalta a importância de não desviar a atenção de crises menos divulgadas, porém igualmente urgentes, como a da Etiópia.
Os doadores também solicitaram ao governo etíope que garanta a entrega ininterrupta da ajuda às pessoas necessitadas. Incidentes anteriores de desvio de ajuda alimentar destinada à população faminta geraram duras reações, incluindo a suspensão da ajuda pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional no ano anterior. Isso destaca a necessidade de uma distribuição eficiente e transparente da ajuda humanitária.
A Etiópia enfrenta diversos conflitos internos, incluindo a recente crise em Tigray, que deixou milhões de pessoas dependentes da ajuda humanitária para sobreviver. Os doadores apelaram pela total implementação do acordo de paz firmado em Novembro de 2022 para promover uma resolução pacífica dos conflitos persistentes em Amhara e Oromia.
A comunidade internacional expressou preocupação com a segurança dos profissionais humanitários na Etiópia, principalmente após o assassinato de nove deles em Amhara no ano passado. Os Estados Unidos instaram o governo etíope a reforçar a proteção desses profissionais, enfatizando sua importância para a continuidade das operações de ajuda que salvam vidas.
Organizações humanitárias destacaram que a falta de financiamento levou a reduções nas operações de resgate. Portanto, os compromissos assumidos recentemente são cruciais para apoiar um sistema humanitário cronicamente subfinanciado, como observado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Em resumo, o apoio financeiro e o comprometimento político com a Etiópia são essenciais para atender às necessidades urgentes da população. É fundamental que a comunidade internacional continue se mobilizando para amenizar o sofrimento das pessoas afetadas pela crise humanitária no país, garantindo que a assistência chegue a quem mais precisa.
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