Todos os anos, os Abidjis da aldeia marfinense de Yaobou, no sudoeste da Costa do Marfim, celebram a fundação de sua comunidade através do festival Dipri. Este evento, rico em tradição e simbolismo, é uma oportunidade única para os Abidjis comemorarem sua história e suas raízes.
O festival Dipri, cujo nome local significa “água que lava”, é de grande importância para os Abidjis. A cerimônia é liderada por um membro escolhido da comunidade, uma responsabilidade que é transmitida de geração em geração em algumas famílias. Neste ano, Koffi N’guessan foi escolhido como líder da celebração.
A origem dos Abidjis remonta às terras do atual Gana, para onde fugiram das guerras de sucessão dos Fantis. Sua história é marcada por um sacrifício heróico de um dos seus, que permitiu que o resto da comunidade atravessasse o rio Comoé. O festival Dipri é uma celebração desse evento fundador e simbólico.
Durante a cerimônia, os Abidjis vestem roupas brancas, simbolizando pureza, e decoram seus rostos com caulim, representando gentileza e paz. O Kpon, um teste místico, envolve representantes de famílias iniciadas competindo para mostrar seus poderes espirituais.
Alguns Abidjis participam apenas da parte cultural do evento, destacando a diversidade de práticas e crenças dentro da comunidade. O festival Dipri também marca o início do ano no calendário tradicional dos Abidjis, seguindo o quarto mês lunar.
Apesar das diferenças religiosas, com a presença de representantes cristãos como o Padre Marius Hervé, que enfatizam a importância de conciliar tradição e modernidade, o festival Dipri continua sendo um forte símbolo da identidade cultural dos Abidjis.
Além das festividades, o festival Dipri é um testemunho vibrante da riqueza e da diversidade cultural da Costa do Marfim. Ele incorpora a transmissão de conhecimentos ancestrais e a força de uma comunidade unida em torno de suas tradições. Este momento de celebração fortalece os laços entre as gerações e preserva o patrimônio cultural dos Abidjis para as futuras gerações.
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