As campanhas eleitorais para as eleições parlamentares no Togo estão ocorrendo em meio a crescente tensão política no país. O Presidente tentou aprovar uma nova constituição que gerou preocupação e indignação na oposição e na população em geral.
O partido Aliança Nacional para a Mudança (ANC) tem liderado protestos nas últimas semanas, alguns dos quais foram cancelados após a proibição do governo, alegando possíveis distúrbios na ordem pública.
Com as eleições marcadas para o dia 29 de abril, o ANC busca conquistar a maioria na Assembleia Nacional, a fim de fazer ouvir sua voz. Enquanto isso, o partido União pela República, fundado pelo Presidente Faure Gnassingbé em 2012, também está em campanha.
De acordo com o analista político Paul Amegakpo, da Instituto Tamberma para a Governança, estas eleições representam uma oportunidade para a oposição ganhar assentos significativos na Assembleia Nacional. Tal cenário poderia dificultar os planos do atual governo de alterar a Constituição.
A manutenção do status quo na Assembleia Nacional impediria o presidente de adiar ou cancelar futuras eleições no país, respeitando assim o processo democrático.
Mais de 2.000 candidatos, de diversos partidos políticos e candidatos independentes, estão competindo por 113 assentos no parlamento e 179 assentos em conselhos regionais. Eles têm duas semanas para conquistar os votos dos 4 milhões de eleitores antes do dia das eleições.
As eleições parlamentares no Togo estão gerando tensões significativas e levantando questões fundamentais sobre o futuro político do país. É um momento crucial para que a voz do povo seja ouvida e para que os cidadãos façam uma escolha consciente em relação ao futuro da nação.
Leia mais sobre o assunto em: Tenções políticas no Togo: Oposição à nova constituição e as eleições legislativas e Togo: Analista comenta sobre o que esperar nas próximas eleições.