África enfrenta uma crise climática alarmante, comprometendo o seu equilíbrio ambiental e a sua capacidade de absorver as emissões de carbono. Um estudo recente revela que o continente já não cumpre o seu papel de sumidouro de carbono, produzindo agora mais dióxido de carbono do que pode absorver. Esta realidade preocupante é o resultado do crescimento exponencial da população e da sua crescente pegada ecológica.
A causa profunda desta situação complexa reside na expansão descontrolada do homem e das suas actividades. A desflorestação para construção, a transformação das savanas em terras aráveis e o aumento das emissões devido às atividades diárias são fatores que contribuem para esta crise. Além disso, ao contrário dos países desenvolvidos que enfrentam taxas de natalidade estagnadas ou em declínio, muitos países africanos continuam a registar um rápido crescimento populacional.
É imperativo que os líderes africanos, bem como os dos países em desenvolvimento em geral, tomem medidas urgentes para enfrentar esta crise climática. Se não o fizerem, arriscam-se a ficar sob o domínio de potências estrangeiras que construíram a sua riqueza através da exploração dos recursos do planeta. A recente entrevista viral da BBC com o Presidente da Guiana, Irfaan Ali, destaca claramente a condescendência ocidental e a pressão sobre os países em desenvolvimento para restringirem o seu desenvolvimento em nome dos padrões ambientais internacionais.
É crucial que os países em desenvolvimento reconheçam as ameaças que enfrentam e aceitem que a destruição ambiental só piorará os desastres climáticos. Ao unirem-se em torno desta realidade, podem proteger-se melhor contra interferências externas. Se os governos não tomarem as medidas necessárias, cabe à sociedade civil forçá-los a agir. O exemplo das 2.000 mulheres suíças que ganharam o seu caso perante o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos por inacção em relação às alterações climáticas mostra o poder dos cidadãos para exercerem pressão sobre os seus governos.
As mulheres africanas correm o risco de suportar o peso das consequências do deslizamento do continente para uma crise de carbono. É essencial reconhecer a sua vulnerabilidade e agir em conformidade para protegê-los. A crise climática não pode ser ignorada, nem deixada a culpar os outros. É um desafio que devemos enfrentar juntos, tomando medidas concretas para preservar o nosso planeta e garantir um futuro sustentável para as gerações futuras.