O histórico acordo de Ras al-Hikma concluído entre o Egipto e investidores internacionais, num montante colossal de 35 mil milhões de dólares, provocou fortes reacções no seio da comunidade financeira internacional. Ivanna Vladkova Hollar, chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) no Egipto, sublinhou a importância crítica de uma gestão prudente destes fundos para garantir a estabilidade económica do país.
Numa conferência de imprensa recente, Vladkova Hollar salientou a necessidade de utilizar estes recursos criteriosamente, a fim de reduzir as vulnerabilidades do Egipto e melhorar as suas perspectivas económicas. Ela sublinhou o compromisso das autoridades egípcias em afectar uma parte significativa destes fundos às reservas internacionais brutas, fortalecendo assim as capacidades do país para fazer face a choques futuros, ao mesmo tempo que utiliza uma parte significativa para reduzir a dívida pública.
O acordo Ras al-Hikma é visto como um investimento estratégico que demonstra a confiança dos investidores no potencial económico do Egipto, particularmente em termos de geração de receitas adicionais no sector do turismo. Vladkova Hollar enfatizou que os fluxos de investimento directo estrangeiro (IDE) para um país reflectem a sua capacidade de mobilizar recursos adicionais e criar um ambiente propício à concorrência entre o sector privado e público. No caso do Egipto, o IDE ajudará a construir capacidade económica, promover o crescimento e gerar empregos.
A importância do acordo de Ras al-Hikma reside, portanto, na sua capacidade de transformar a economia egípcia, reforçar a sua resiliência aos choques económicos e apoiar o seu crescimento a longo prazo. Ao aproveitar esta oportunidade com prudência e implementar políticas económicas sólidas, o Egipto pode aspirar a um futuro próspero e estável na arena internacional.