A cidade de Bukavu, localizada na província de Kivu do Sul, está abalada por uma greve de taxistas e taxistas-autocarros, que começou em 9 de abril e deverá prolongar-se até 11 de abril. Este protesto tem como objetivo denunciar o assédio policial sofrido pelos motoristas em diversas estradas da região. Iniciada por associações de transportadores e actores locais da sociedade civil, esta greve teve um impacto significativo na vida quotidiana dos residentes de Bukavu.
Na verdade, com os veículos de transporte público fora de serviço, as viagens de crianças em idade escolar, estudantes e trabalhadores são gravemente perturbadas. A população encontra-se assim com dificuldades no cumprimento das suas diversas obrigações e atividades. Esta situação realça a importância crucial dos serviços de transportes públicos no funcionamento diário de uma cidade.
Motoristas de táxi e táxi-ônibus denunciam as cobranças financeiras abusivas de alguns policiais rodoviários, que se aproveitam de sua posição para extorquir dinheiro dos usuários sem justificativa válida. Esta prática, além de ilegal, prejudica a confiança dos cidadãos nas autoridades policiais e dificulta a fluidez do tráfego rodoviário.
Perante estas alegações, o comissário provincial da Polícia Nacional Congolesa (PNC) no Kivu do Sul anunciou medidas correctivas, incluindo a transferência de 22 agentes da polícia do PCR para outras unidades. Além disso, foi estabelecido um período de cortesia rodoviária, que visa melhorar as relações entre agentes policiais e condutores, com o objetivo de garantir um melhor respeito pelo código da estrada e pelos direitos dos utentes.
Perante esta situação, a sociedade civil no Kivu do Sul está dividida quanto à reacção a adoptar. Enquanto um partido apela ao cancelamento da greve na quarta-feira, outros defendem uma abordagem mais radical, apelando à manutenção da pressão sobre as autoridades até quinta-feira para garantir que as reivindicações dos motoristas sejam tidas em conta de forma adequada.
Esta situação levanta questões mais amplas sobre a governação do sector dos transportes e a necessidade de garantir condições de trabalho justas para os profissionais do sector rodoviário. É essencial que as autoridades locais tomem medidas concertadas para resolver estas questões, garantindo assim a segurança e o bem-estar dos cidadãos de Bukavu e da província do Kivu do Sul como um todo.
Em conclusão, a greve dos motoristas de táxi e de autocarros em Bukavu destaca os desafios que o sector dos transportes enfrenta na RDC e sublinha a importância de promover práticas justas e equitativas para garantir um ambiente de trabalho saudável e seguro para todas as partes interessadas.