A divisão dentro da UNAFEC do Congo demonstra as tensões políticas que abalaram o partido desde a morte do seu fundador, Antoine Gabriel Kyungu wa Kumwanza. A recente destituição de membros proeminentes, como Mireille Masangu Bibi Muloko, Binti Sakina e Zazou Kabulo, revela as profundas dissensões no cerne desta formação política. Estes acontecimentos tumultuosos precedem as eleições para a Mesa final da Assembleia Provincial de Haut-Katanga e lançam uma luz dura sobre os conflitos internos que ameaçam a unidade do partido.
A destituição destes executivos, todos figuras importantes do partido, segue-se ao seu apoio demonstrado a um candidato concorrente de Jean Ladislas Umba Lungange, presidente interino da UNAFEC. Esta decisão, motivada por dissensões políticas e diferenças estratégicas, revela a instabilidade que caracteriza actualmente o cenário político congolês. Alianças flutuantes e disputas de ego são comuns e a UNAFEC não parece estar poupada destes tormentos internos.
A retirada de confiança em Jean Ladislas Umba Lungange, seguida da sua própria destituição pelo presidium, é o último acto de uma complexa saga político-partidária que evidencia as fragilidades desta formação. As tensões persistem, os ressentimentos são exacerbados e a busca pelo poder parece ter precedência sobre a unidade e a coesão do partido.
O desaparecimento de Antoine Gabriel Kyungu wa Kumwanza deixou um vazio difícil de preencher e as rivalidades sobre a sua sucessão exacerbaram as divisões internas. As deserções de membros proeminentes, como Lawrence Lolo Kyungu Kibwe e o deputado nacional Juvénal Kitungwa, demonstram a desintegração gradual da UNAFEC.
Num contexto político onde as alianças são feitas e quebradas de acordo com interesses pessoais, a coesão dos partidos políticos é posta à prova. A UNAFEC do Congo encarna esta instabilidade política que caracteriza a vida pública do país e levanta questões sobre o futuro da democracia congolesa.
É, portanto, imperativo que os vários actores políticos congoleses demonstrem responsabilidade e um sentido de unidade para preservar os fundamentos democráticos essenciais. A reconciliação e o diálogo são imperativos para evitar que disputas partidárias comprometam o futuro político do país.