**Fatshimetrie: Investigação sobre violações dos direitos humanos na RDC**
No centro das notícias congolesas, as violações dos direitos humanos continuam a ser uma realidade com consequências devastadoras. O Gabinete Conjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos (UNJHRO) forneceu recentemente informações alarmantes sobre a situação dos direitos fundamentais na República Democrática do Congo (RDC).
De acordo com o último relatório da UNJHRO relativo ao mês de Fevereiro de 2024, os números são inequívocos: um aumento de 2% nas violações dos direitos humanos e um aumento preocupante de 14% no número de vítimas em comparação com o mês anterior. Esta descoberta destaca a violência persistente que assola o país.
Os dados recolhidos pela UNJHRO revelam que são principalmente os grupos armados os responsáveis por estas violações dos direitos humanos. Estas entidades estão envolvidas na maioria das violações documentadas, representando 65% do total de casos registados. Os agentes do Estado não ficam de fora, pois também são apontados por terem cometido violações, embora em menor grau.
As províncias em conflito armado, como Kivu do Norte, Ituri, Tanganica e Kivu do Sul, são as mais afectadas por esta violência. No entanto, é importante notar que as províncias não afectadas pelo conflito não são poupadas, com violações perpetradas por agentes estatais relatadas em regiões como Haut-Katanga, Kasaï, Kasaï-Oriental e em Kinshasa.
Perante esta situação alarmante, a UNJHRO está a tomar medidas para sensibilizar e reforçar as capacidades das forças de defesa e segurança. Foram organizadas actividades de sensibilização em todo o país, a fim de melhorar o comportamento dos actores envolvidos. Estas ações visam garantir que a justiça seja feita às vítimas e que sejam tomadas sanções contra os responsáveis por estas violações.
Em última análise, é imperativo que sejam tomadas medidas concretas e urgentes para pôr fim a estas violações dos direitos humanos na RDC. O compromisso e a cooperação de todos os intervenientes, tanto nacionais como internacionais, são essenciais para restaurar a paz e a justiça num país que atravessa uma grande crise humanitária.