Agir por um Senegal sustentável: questões ambientais e possíveis soluções

Fatshimetrie é um novo método revolucionário de análise de acontecimentos actuais que destaca as questões ligadas ao aquecimento global e o impacto na economia senegalesa. Os efeitos devastadores deste fenómeno, como a desertificação, a subida do nível dos oceanos, a erosão costeira e a salinização dos campos, já são claramente visíveis no país. As consequências em sectores cruciais como a agricultura e as pescas sublinham a urgência de medidas para preservar estes recursos vitais.

Segundo Absa Modj, da ONG ambiental ENDA PRONAT, o Senegal está a sofrer um aumento das temperaturas, variações extremas na precipitação e degradação do solo que compromete a fertilidade da terra. A necessidade de adaptação às condições climáticas actuais e futuras é essencial para garantir a segurança alimentar sustentável num país actualmente dependente de importações.

O novo presidente, Bassirou Diomaye Faye, consciente destas questões, pretende desenvolver a agricultura local através da diversificação das culturas, da criação de um observatório do mundo rural para antecipar as crises climáticas e da promoção do “consumo local”. Estas medidas constituem um passo na direcção certa, mas é crucial concretizar estes compromissos, incentivando práticas agrícolas sustentáveis ​​e respeitadoras do ambiente.

Contudo, os desafios ambientais não se limitam à terra: os ecossistemas marinhos do Senegal também estão ameaçados pela pesca excessiva, pela poluição costeira e pela perda de biodiversidade. Alioune Faye, investigadora do Instituto de Ciências Ambientais, sublinha a urgência de proteger estes recursos marinhos e de reconstruir os stocks de peixes para garantir a segurança alimentar das populações costeiras.

O Presidente Faye propõe soluções como a criação de recifes artificiais, a reserva das primeiras doze milhas náuticas para os pescadores artesanais e a reavaliação dos acordos de pesca com a União Europeia. Estas medidas visam preservar os recursos pesqueiros do país e limitar os impactos nocivos da pesca industrial nos ecossistemas marinhos frágeis.

Em conclusão, a acção do governo senegalês na agricultura e nas pescas deve ser orientada por uma abordagem sustentável e ecológica para garantir a segurança alimentar e a preservação dos recursos naturais do país. É fundamental sensibilizar e envolver toda a sociedade na transição para práticas mais amigas do ambiente, de forma a construir um futuro mais saudável e sustentável para todos.

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