Com o aumento alarmante do número de pessoas subnutridas em África, está a surgir uma iniciativa ambiciosa para combater a subnutrição em todo o continente. Em parceria com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), os principais intervenientes de diferentes países africanos comprometeram-se com um programa de quatro anos que visa desenvolver capacidades na utilização de técnicas de isótopos estáveis para melhorar o estado nutricional das crianças em África.
Este programa inovador, intitulado Mestrado em Nutrição com Técnicas Nucleares, já está operacional. Oferece formação especializada para permitir aos profissionais de nutrição conceberem e avaliarem intervenções para combater as deficiências de micronutrientes. Técnicas de isótopos estáveis, que utilizam átomos não radioativos para identificar lacunas nutricionais, estão no centro desta abordagem direcionada e precisa.
A professora Linda Malan, da North West University, na África do Sul, tem estado na vanguarda do desenvolvimento do programa. Destaca a escala do problema da subnutrição em África e o seu impacto devastador na saúde e no desenvolvimento das crianças, bem como das mulheres em idade fértil. As deficiências de micronutrientes, como o ferro e o zinco, são comuns em África, e as dietas à base de plantas muitas vezes não permitem uma absorção óptima destes elementos essenciais.
Este programa de mestrado visa preencher lacunas técnicas e laboratoriais em África para avaliar a biodisponibilidade de micronutrientes e estabelecer dietas que promovam a sua absorção. Ao formar uma nova geração de especialistas em nutrição com competências em técnicas de isótopos estáveis, o programa visa reduzir significativamente as taxas de desnutrição e promover o desenvolvimento económico sustentável.
Ao unir forças, as universidades africanas, as agências das Nações Unidas e os governos locais podem erradicar metodicamente o flagelo da subnutrição que assola o continente. Esta parceria estratégica destaca a importância da inovação e da colaboração internacional para enfrentar os desafios mais prementes do nosso tempo.
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