Os escritores congoleses estão a mobilizar-se para a pacificação da República Democrática do Congo (RDC): um acto de compromisso e solidariedade nestes tempos sombrios. Reunidos durante um congresso extraordinário, estes guardiões da memória nacional falaram para sensibilizar e denunciar a situação que se vive no leste do país, marcada pela insegurança e pela violência perpetrada por grupos armados.
Sob o tema “Escrita em tempos de crise: a literatura congolesa e o seu impacto social”, os escritores congoleses manifestaram o desejo de fazer das suas canetas instrumentos de paz e de esperança. Sublinharam o papel essencial do escritor na sociedade, chamado a desafiar, denunciar e sensibilizar através dos seus escritos.
Tiguy Elebe, idealizador da associação Les Plumes Conscientes, afirmou que o escritor deve ser um portador de esperança e visão para uma população afetada pela crise. Os participantes, incluindo Mathias Bwabwa, Yolande Elebe e Christian Gombo, concordaram sobre a importância do compromisso da comunidade literária na busca pela paz e estabilidade para a RDC.
Durante este congresso foi lida uma declaração conjunta condenando veementemente os actos de violência e instabilidade que assolam o leste do país. Os escritores expressaram a sua solidariedade para com as populações civis vítimas destas atrocidades e apelaram à consciência colectiva para pôr fim a esta crise humanitária.
Este compromisso dos escritores congoleses demonstra o seu desejo de contribuir activamente para a procura de soluções duradouras para a paz na RDC. A sua voz ressoa como um convite à ação e à solidariedade, num país onde a literatura reflete uma realidade complexa, mas onde a esperança continua a ser uma força motriz para a mudança.
Ao unirem-se em torno desta causa comum, os escritores congoleses mostram que a caneta pode ser uma arma pacífica e poderosa, capaz de sensibilizar e construir um futuro melhor para o seu país e para os seus habitantes.
Título sugerido: “Escritores congoleses: canetas ao serviço da paz na RDC”