Nas manchetes das notícias económicas na Nigéria, o Banco Central decidiu recentemente aumentar significativamente a sua taxa de política monetária, elevando-a para 24,75% em comparação com os 22,75% anteriores, conforme anunciado pelo Governador Olayemi Cardoso durante uma conferência de imprensa.
Esta decisão é uma continuação dos esforços do banco para combater a inflação galopante.
No mês passado, o banco já tinha realizado o maior aumento das taxas em quase 17 anos, aumentando-as em 4 pontos percentuais para conter as pressões inflacionistas. Com a inflação a ultrapassar os 30% numa base anual, atingindo o seu nível mais elevado em quase três décadas, o país enfrenta uma crise de custo de vida que afecta milhões dos seus cidadãos.
Durante a conferência de imprensa, o Governador Cardoso destacou a convicção unânime do Comité de Política Monetária (CPM) em continuar a apertar as medidas de controlo da inflação, antecipando ao mesmo tempo uma moderação das pressões sobre os preços a partir do mês de maio. Ele destacou o desejo do comitê de estabilizar as expectativas de inflação e garantir a estabilidade sustentada da taxa de câmbio.
Esta recente decisão do MPC, apenas a segunda sob a liderança do Governador Cardoso desde que este tomou posse em Setembro, segue-se a uma série de reformas iniciadas pelo Presidente Bola Tinubu, incluindo a cessação de um subsídio restritivo ao petróleo e a desvalorização da moeda nacional, a naira, duas vezes.
Este aperto da política reflecte também uma tendência global em que os bancos centrais procuram conter as pressões inflacionistas, mantendo ao mesmo tempo as taxas de juro elevadas para proteger o valor da moeda nacional. A inflação controlada é um elemento-chave para promover a estabilidade económica e garantir o poder de compra dos cidadãos.
Esta nova orientação na política monetária da Nigéria realça a importância atribuída à gestão dos actuais desafios económicos e à promoção do crescimento sustentável num contexto global marcado pela incerteza e pela volatilidade.