“Fraude e insegurança: os desafios da exportação de café e cacau no Congo”

A exportação de café e cacau para o Congo suscita preocupações devido à fraude que aí prevalece, principalmente devido à insegurança na região de Beni. A Diretora Geral da ONAPAC, Mimie Monga, realizou recentemente uma missão de campo para avaliar a situação. Ela notou uma diminuição na produção de café e cacau devido ao saque dos campos pelos produtores num contexto marcado pela insegurança.

Em termos de valores declarados, existe uma disparidade significativa entre a produção oficial e o que é efectivamente exportado. Na verdade, a fraude poderá representar até 90 mil toneladas, longe das cinquenta e três mil toneladas declaradas. Esta observação realça a urgência de encontrar soluções eficazes para pôr fim a estas práticas fraudulentas.

Apesar dos desafios enfrentados pelos agricultores, Mimie Monga incentiva os cafeicultores a não abandonarem os seus campos. Ela destaca a importância de permanecer comprometido com a produção de café, mesmo em tempos de flutuação dos preços do cacau. Embora muitos produtores estejam recorrendo ao cacau pela sua rentabilidade atual, o diretor da ONAPAC lembra que o café poderá experimentar um interesse renovado no futuro.

Esta situação levanta questões cruciais sobre a sustentabilidade da produção agrícola na região, bem como sobre quais medidas devem ser tomadas para proteger os interesses dos produtores. Serão necessários um estudo aprofundado e ações concertadas para garantir a transparência das exportações de café e cacau no Congo.

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