“Despesas públicas na RDC: o IGF impõe um congelamento sem precedentes e causa turbulência política”

As recentes notícias na República Democrática do Congo foram marcadas por uma decisão da Inspecção Geral de Finanças (IGF) que enviou uma carta às instituições e serviços públicos, pedindo-lhes que congelassem o pagamento de todas as despesas do Tesouro Público a partir de 22 de Fevereiro de 2018. 2024. Esta medida surge após a demissão do governo e a requalificação da sua missão pelo Presidente Félix Tshisekedi.

Nesta correspondência, a IGF proíbe o pagamento de todas as despesas de investimento, declarando que apenas as despesas operacionais e de remuneração podem ser autorizadas e pagas pelo Tesouro Público. Além disso, foi também implementada uma medida para suspender o recrutamento e o pessoal público.

Esta decisão da IGF provocou diversas reações. Eu, Grace Muwawa, do Gabinete de Justiça D’ACTUALITÉ.CD sublinhei que esta carta não constituía uma decisão em si, mas sim a execução de uma decisão tomada por outra autoridade. Por seu lado, o Presidente do Conselho de Administração do Observatório da Despesa Pública (ODEP), Professor Florimond Muteba, afirmou que esta medida era regular, sublinhando que um governo demissionário não poderia funcionar em pleno poder.

Esta suspensão dos pagamentos das despesas do tesouro público põe em causa o circuito orçamental e a aplicação do manual de procedimentos da despesa pública. Prejudica também as competências dos Ministros das Finanças e do Orçamento em matéria de gestão orçamental, nos termos dos artigos 103.º e 104.º da lei relativa às finanças públicas.

Esta situação conduz a uma filtragem de despesas por parte da Presidência da República, recordando uma decisão semelhante tomada em 2019, após a tomada de posse do Presidente Félix Tshisekedi. Esta suspensão criou então problemas significativos de governação financeira, com um défice orçamental e lacunas significativas na documentação contabilística.

Em conclusão, esta nova medida do IGF tem impacto directo na gestão da despesa pública na República Democrática do Congo e levanta questões sobre a autoridade competente para supervisionar a situação financeira do país. O curso dos acontecimentos determinará as consequências desta decisão na economia congolesa.

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