“A trágica morte do Dr. Mohamed Hajji na Tunísia: um grito de alarme sobre a precariedade do sistema de saúde”

No centro da controvérsia na Tunísia, a trágica morte do Dr. Mohamed Hajji, psiquiatra, em prisão preventiva abalou profundamente a comunidade médica do país. As acusações de emissão de receitas de conveniência e de alegado tráfico de drogas levantaram sérias questões sobre a legitimidade deste encarceramento e as condições de trabalho dos profissionais de saúde na Tunísia.

As circunstâncias da morte do Dr. Hajji levaram os seus colegas a expressar a sua consternação e raiva. Para além do caso individual, toda uma profissão se sente ameaçada e sob pressão. As reacções do Doutor Rym Ghachem sublinham as condições precárias de exercício dos médicos na Tunísia, especialmente no campo da psiquiatria, que regista um afluxo crescente de pacientes.

A falta de profissionais de saúde qualificados em determinadas regiões do país evidencia um grande problema estrutural, agravado pelas saídas massivas de médicos para o estrangeiro. Confrontados com condições de trabalho difíceis e acusações por vezes questionáveis, a confiança dos profissionais de saúde no sistema judicial e nas autoridades de saúde fica comprometida.

Com a saída de mais de 1.300 médicos no ano passado, a Tunísia enfrenta um êxodo alarmante dos seus profissionais, pondo em perigo o acesso aos cuidados de saúde para parte da população. A morte do Dr. Hajji durante a detenção soa como um grito de alarme sobre a precariedade do sistema de saúde na Tunísia e a necessidade de fornecer respostas concretas para garantir a segurança e o respeito dos profissionais de saúde.

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