Num documento judicial recente, os advogados do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levantaram a questão da incapacidade do seu cliente de garantir o pagamento da multa de 454 milhões de dólares por fraude financeira após a sua condenação em fevereiro. Segundo eles, encontrar um vínculo jurídico por um valor tão elevado é “quase impossível”.
A multa, que inclui juros, ultrapassa US$ 464 milhões, uma quantia enorme mesmo para uma empresa de sucesso. Os advogados destacaram as dificuldades encontradas para encontrar uma seguradora disposta a cobrir tal garantia, tornando assim o recurso de Donald Trump não suspensivo.
Donald Trump denunciou a multa como uma “caça às bruxas” e classificou a situação como inconstitucional e antiamericana. Apesar dos protestos, ele tem até o dia 25 de março para pagar a totalidade do valor, sob pena de penhora de seus bens imóveis.
A condenação de Trump e dos seus dois filhos por fraude financeira provocou uma forte reacção por parte deles, qualificando a multa de exorbitante e vexatória. A proibição de gerir negócios em Nova Iorque durante vários anos também foi contestada pela sua defesa.
Este caso, iniciado pela procuradora-geral do Estado de Nova Iorque, Letitia James, lançou luz sobre práticas questionáveis dentro do império imobiliário de Donald Trump. Apesar da retórica do antigo presidente, o poder judicial parece determinado a fazer cumprir a lei e punir a fraude financeira, mesmo quando envolve uma figura pública de renome.
É importante ressaltar que este caso destaca as questões de transparência e integridade no mundo dos negócios e da política, lembrando-nos que ninguém está acima da lei, mesmo as pessoas mais poderosas.