Ibadan, uma cidade com apenas 200 anos, conheceu nada menos que 42 governantes tradicionais, alguns deles tendo reinado apenas durante dois anos, no máximo.
Esta brevidade de reinados é frequentemente atribuída a um modo de sucessão que favorece os idosos ao acesso ao título de Olubadan nesta cidade ancestral.
Os primeiros governantes de Ibadan eram chamados de Baale antes do título oficial Olubadan ser adotado para se referir aos governantes tradicionais da cidade.
Num contexto marcado pela morte de Oba Olalekan Balogun, o 42º Olubadan de Ibadan, é interessante observar os reinados de curta duração de alguns dos seus antecessores.
1. Bashorun Ogunmola (1865–1867)
Guerreiro e sacerdote de Ifa, Bashorun Ogunmola ascendeu ao trono de Olubadan após a morte de seu antecessor, Baale Ibikunle, em 1864. Diz-se que ele contribuiu para a difusão do cristianismo em Ibadan devido às suas conexões com os colonos. Sua morte, ocorrida após dois anos de reinado, teria sido causada pela introdução de substâncias causadoras de sarampo em sua cama.
2. Baale Fijabi I (1893–1895)
Ele é creditado por estabilizar Ibadan após reinados turbulentos. Seu descendente, Oyewusi Fijabi II, também foi um governante notável da cidade.
3. Baale Oshuntoki (1895–1897)
Sucedendo a Fijabi, ele exerceu sua autoridade como Baale antes de se tornar o 15º governante tradicional de Ibadan.
4. Baale Mosaderin (1902–1904)
Reformador, Mosaderin estabeleceu uma lei penal alternativa à pena de morte para crimes capitais, favorecendo a prisão e as multas.
5. Baale Akintayo Awanibaku Elenpe (1910–1912)
Após apenas dois anos de reinado, ele deixou este mundo para se juntar aos seus antepassados.
6. Baale Irefin Ogundeyi (1912–1914)
Demitido por incitar seus súditos a boicotar os pagamentos devidos ao Alaafin de Oyo, Irefin Ogundeyi foi demitido após dois anos de reinado.
A sucessão de Olubadan Olalekan Balogun, falecido em 2024, reabre o capítulo desta linha de soberanos com curta existência no trono de Ibadan.