“Conflito entre a RDC e o Ruanda: Presidente Tshisekedi pronto para dialogar sob mediação angolana”

Nas manchetes dos noticiários da República Democrática do Congo, o possível encontro entre o Presidente Félix Tshisekedi e o seu homólogo ruandês Paul Kagame, sob a mediação do Presidente angolano João Lourenço, está a provocar fortes reacções na imprensa de Kinshasa.

A Agência Congolesa de Imprensa informa que Paul Kagame encontrou-se recentemente com João Lourenço em Luanda para relançar o diálogo com Félix Tshisekedi, com o objectivo de encontrar uma solução diplomática para o conflito entre a RDC e o Ruanda. Esta iniciativa visa pôr fim às agressões ruandesas na RDC, marcadas pelo alegado apoio do M23, grupo armado que opera no leste do país.

Num outro contexto, o jornal Reference Plus sublinha que Paul Kagame concordou em encontrar-se com Félix Tshisekedi depois de uma frutuosa conversa com João Lourenço. Este desejo de diálogo entre os dois presidentes surge como parte dos esforços envidados pela mediação angolana para trazer a paz e a reconciliação à região, particularmente no leste da RDC.

No entanto, algumas vozes, como a da Prosperidade, alertam contra qualquer negociação com o Ruanda sem a retirada prévia das tropas ruandesas dos territórios ocupados e a submissão do M23 às resoluções internacionais. Com efeito, o Presidente Tshisekedi afirmou claramente a sua posição firme face a esta situação, insistindo na necessidade de respeitar os acordos já em vigor.

Ao mesmo tempo, La Tempête des Tropiques critica o comportamento de Paul Kagame, acusando-o de manipular a mediação angolana para ocultar os seus alegados actos de pilhagem e agressão na RDC. O tablóide apela à comunidade internacional para que sancione severamente o Ruanda pelas suas ações prejudiciais na região.

Por último, o Forum des AS sublinha os pré-requisitos exigidos por Félix Tshisekedi antes de qualquer nova discussão com o Ruanda, em particular a retirada das tropas ruandesas, o fim das hostilidades e o acantonamento do M23. Estas condições demonstram a determinação do presidente congolês em garantir a segurança e a estabilidade no seu país.

Permaneçamos atentos à evolução desta situação diplomática crucial para a região dos Grandes Lagos e esperemos que o diálogo entre os líderes congoleses e ruandeses sob a mediação de Angola resulte em soluções duradouras para a paz e a cooperação regional.

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